terça-feira, julho 31, 2007
Música da Semana
Continua a senda do Verão. No dia em que as temperaturas desceram para niveis mais perto do aceitável, após uns dias abrasadores.
Em termos de músicas de rádio, para descontrair e chamar a boa disposição, Corinne Bailey Rae é uma favortita. Já cá esteve a rodar, mas nesta época vai voltar para mais uma voltinha... Put Your Records On...
segunda-feira, julho 30, 2007
Harry Potter and the Order of the Phoenix
Seguindo a histeria que rodeou o lançamento do sétimo e último(?) livro da saga de Harry Potter, chegou às salas de cinema o quinto filme, Harry Potter e a Ordem da Fénix.
Nunca fui fã da série, vi o primeiro por curiosidade, bocejei o filme inteiro, o segundo passei. Com Alfonso Cuaron ao leme de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, o terceiro filme, pensei que pudesse ganhar um novo fôlego, enganei-me. Deixei o quarto filme passar ao largo. Neste quinto foi o trailer que me cativou.
Por cada Harry Potter que vejo deixo um por ver, deve-se à desilusão com que sempre saio da sala de cinema. Este não foge à regra.
Não que seja particularmente chato, ou que tenha falhas de maior. Os cenários e efeitos especiais são impressionantes, e tem um elenco de peso, se pensarmos nos adultos. No entanto fico sempre com uma sensação de tanto-faz, que as acções são inconsequentes, que no meio de monstros e feiticeiros, baralha e volta a dar e fica tudo na mesma.
Para os fãs será sem dúvida uma delicia, está a ser um êxito colossal como os demais, mas para os outros pouco mais fica que duas horas e meia protegidos do calor numa sala com ar condicionado.
domingo, julho 29, 2007
terça-feira, julho 24, 2007
Música da Semana
São só meia dúzia de dias, mas a pausa é necessária. Descanso e Sol com um ou dois mergulhos se o tempo o permitir são a receita para o resto da semana. Volto na segunda. Até lá, não vejo melhor companhia que Vinicius e Toquinho, Tarde em Itapoã...
segunda-feira, julho 23, 2007
Death Proof
Quentin Tarantino e Robert Rodriguez juntaram-se para fazer Grindhouse, dois filmes que para serem exibidos em sessão dupla, com apresentações falsas pelo meio, de forma a replicar as sessões de exploitation movies comuns nos anos 70. O projecto avançou assim nos EUA, mas para a Europa, por motivos comerciais, dividiram os filmes para os exibir separadamente. Death Proof é a parte de Tarantino neste projecto, que nos chega com mais 25 minutos do que a versão americana.
sexta-feira, julho 20, 2007
À Manhã
Com o mundo rural Alentejano como fundo, José Luis Peixoto escreveu esta peça, que se enquadra que nem uma luva nos projectos recentes da companhia, como por exemplo Por Detrás dos Montes.
Cinco personagens encontram-se numa aldeia envelhecida, têm o peso dos anos em si, o passar moroso do tempo pelas veias. "A gente tem-se uns aos outros e mais nada", dizem entretanto, resumindo uma vivência feita de solidão, isolamento, num local que fica progressivamente mais deserto. À Manhã é uma história de afectos, de sentimentos e da procura do outro, de si próprio, de um passado que não existe senão nas pregas da memória, que o embeleza e constroi, deixando na boca o amargo da memória. O que o Meridional nos traz é também o encontro com uma região esquecida, na verdade nós somos os outros, aqueles que deixaram as aldeias para não voltar, em palco estão os nossos pais e avós. Uma das marcas do Alentejo é o seu léxico, como de todas as regiões do país, e aí a peça é primorosa, recuperando o Verbo falado e apresentando-o em palco, numa marca que se está lentamente a esquecer.
Erguer este projecto sem uma grande equipa de actores é impossivel. Carla Galvão, Tânia Guerreiro, Pedro Diogo e Romeu Costa são exemplares, transfigurando-se nas velhas figuras que deambulam nos espaços à nossa frente, mas o destaque tem que ir para Carla Maciel. Deslumbrante. Aquela pequena mulher, intriguista, irritante, mas cómica, solitária, é das construções teatrais mais memoráveis que alguma vez vi.
Um espaço cénico eficaz, com uma utilização acertada de luz e som para criar ambientes, À Manhã é um espectáculo soberbo.
O Teatro Meridional está lentamente a firmar-se como uma das melhores companhias de teatro de Lisboa. Pessoalmente é já a minha favorita.
Rua do Açucar, 64
1950-009 Lisboa
Telefone: 218 689 245
Fax: 218 689 247
www.teatromeridional.net
teatromeridional@teatromeridional.net
quinta-feira, julho 19, 2007
"Testa" nova
Cá está ela, há muito que queria dar um toque pessoal ao blog, que o identificasse mais comigo, com quem sou e o que quero aqui dizer. Chegou agora, está lá em cima, em cinzento, comigo a olhar directamente para cada um de vós. Se este é um projecto meu, quem melhor para fazer o design deste banner do que uma certa menina trapezista que deu o salto sem rede de partilhar a vida comigo?
Obrigado, é mesmo o que queria, simples, pessoal, único.
Um sorriso...
quarta-feira, julho 18, 2007
In the Land of Women
Lawrence Kasdan é um realizador capaz do melhor e do pior. Tentou sem grande sucesso dois westerns, Wyatt Earp era um bocejo, já Silverado era, pelo menos, divertido, arriscou-se nas comédias com banais I Love You to Death e French Kiss, mas foi nos invulgares Grand Canyon e Accidental Tourist, dramas de sabor agri-doce, que se revelou mais eficaz. O seu filho Jon Kasdan, estreia-se nas lides do pai com este In the Land of Women, uma história de afectos e relações, construída sob a égide da simplicidade, mas que tem um fundo mais complexo e interessante do que à primeira vista aparenta.
Um jovem argumentista de filmes soft-core é abandonado pela namorada, resolvendo ir passar uns tempos com a avó para por a cabeça em ordem e quiçá começar a escrever um projecto que há muito tem em mente. No caminho cruza-se com a familia disfuncional que vive em frente à sua avó (senil).
No Mundo das Mulheres é o filme ideal para se ver num fim de semana à tarde, leve, bem intencionado, capaz de abordar temas dificeis sem clichés, mas também sem os aprofundar demasiado. Num mundo de abandonos e falta de afectos, dá um toque de esperança, uma hipótese de reencontro e final feliz (dentro do possivel).
É uma estreia promissora, capaz, competente, mostra um realizador que pode ter futuro, se não se perder no mundo das comédias românticas sem sentido. A ver, com um sorriso, e espirito leve...
terça-feira, julho 17, 2007
Música da Semana
Ora a onda de música de Verão vai continuar aqui no Sopros, é a maneira que tenho de dar um pequeno ar de férias a umas semanas mais complicadas. Mika tem uma musiquinha simpática que anda a passar na rádio chamada Grace Kelly. Ele, libanês de nascença e britânico de origem, tem uma abordagem de glam pop à sua música e à sua persona. O clip faz-me lembrar um Shortbus com roupas, a ouvir com um sorriso...
segunda-feira, julho 16, 2007
O Outro Lado
Se como graça de um professor, artista amador, para um grupo de convivas, o espectáculo poderia ter a sua piada, como evento pagante para público, roça o desastroso. A "diseur" é catastrófica, lê como qualquer miudo do nono ano leria um texto poético, com a agravante de, por vezes, tentar dar-lhe emoção, olhando para o vazio, ou estendo-se mui pirosa na cama com ares de inocência forçada. Um zero redondo que fez da experiência algo deveras penoso. O espaço cénico existe sem o mínimo de aproveitamento, distrai e nada mais. A rapariga mexe-se da cama para a secretária e da secretária para a cama, sem propósito, apenas porque sim. Muda de roupa quatro vezes sem motivo e, apesar de o fazer em cena, fá-lo visivelmente envergonhada.
A música é monótona, repetitiva, com raizes na música popular portuguesa e em algumas coisas do pai do cantor, mas a milhas de distância do mesmo.
A poesia é elementar, por vezes com piada, outras demasiado infantil, segue um esquema fixo A/B/A/B, mas verdade seja dita, quando sai da boca de Nani, torna-se quase imperceptível. Como cantor Pedro Branco é afinado, mas com uma aplitude vocal nula, sempre que tenta um agudo sai-lhe esganiçado.
É um erro olhar para o que se passou na Guilherme Cossoul como um espectáculo. É algo para amigos e nunca devia ter sido mais que isso. Fica provado, o talento não é hereditário.
sexta-feira, julho 13, 2007
Donna Maria
Foi no Bar do Rio, entre conhecidos e amigos, com o fumo no ar e o sono no canto do olho que fiquei a conhecer uma banda que me apanhou de surpresa. Xl Femme é o nome de uma banda de covers criada em 2000 composta por Miguel Ângelo Majer, Ricardo Santos e Marisa Pinto, que em 2003 dá origem aos Donna Maria, banda de originais com os mesmos membros, que lançam em 2004 o se primeiro album "Tudo é para sempre".
Das músicas originais ouvi apenas uma, achei interessante, mas pouco para formar uma opinião sólida sobre o grupo. Mas o trabalho que fizeram musicalmente foi surpreendente. A forma como se apoderaram de músicas dão diversas, de Lena DÁgua a Moby, de Beatles a Pedro Abrunhosa, dando-lhes um cunho próprio e, mais do que isso, uma identidade no espectáculo, como se fossem escritas de propósito por eles e para eles.
A grande vida da banda é Marisa Pinto. Uma voz impressionante, forte, vibrante, aliada a uma postura em palco descontraída, divertida, de uma performer que está constantemente a namorar com o público, num flirt aberto e sedutor, onde brinca, puxa, dança, encanta e agradece, como se tudo lhe fosse natural de nascença.
Um grupo que fiquei com vontade de descobrir...
quinta-feira, julho 12, 2007
The Dead Girl
Segundo filme da realizadora Karen Moncrieff, The Dead Girl conta a história de cinco mulheres que estão de alguma forma relacionadas com uma rapariga morta, assassinada, que é descoberta numa quinta.
Este não é mais um filme ao estilo Magnólia, não é mais um mosaico de gente que por alguma coincidência incrível vê as suas vidas entrecruzarem-se num registo tragi-cómico. São cinco pequenos episódios estanques, cinco mulheres que vivem momentos de angústia, desilusão, dor, separação, tendo como fundo esta morte que paira sobre elas. Moncrieff mostra ter tudo para ser uma grande realizadora no futuro, uma grande autora de filmes, ponhamos assim. Tem aqui uma obra de um cuidado, uma inteligência na escrita, nas personagens que introduz, e na forma como nos guia na descoberta de cada um. Magistral a utilização da luz e da sombra, da composição da imagem e como, com um retrato, um gesto ou uma fala, desvenda toda uma situação, um personagem, o seu passado, temores e sonhos. É preciso dar especial destaque ao conjunto de actrizes que servem esta fita. Sem nenhuma vedeta, apenas segundas linhas do cinema americano, mas todas escolhas perfeitas e com performances dignas de aplauso.
Um filme intenso, provavelmente o melhor que está neste momento em cartaz em Lisboa.
quarta-feira, julho 11, 2007
SENSAZIONE
terça-feira, julho 10, 2007
Angels In America
Baseado nas peças de Tony Kushner, que lhe valeram diversos prémios entre os quais o Pulitzer, com Mike Nichols (Closer) a realizar, Angels in America é dos melhores produtos de ficção que alguma vez visitaram o pequeno ecrã. Passado no final dos anos 80, quando a SIDA atingia proporções de epidemia, é um conto fantástico sobre vida, religião, doença, amor, morte, pautado com um sentido de humor refinado. Com um elenco absolutamente de luxo (Al Pacino, Meryl Streep, Emma Thompson), é nos seus actores menos conhecidos que tem o suporte para ser realmente extraordinário (salvé Justin Kirk).
Música da Semana
Hoje é terça, dia de mudar a música da semana. Nos quinze dias passados comecei com uma procura de Verão, músicas leves, bem-dispostas. A verdade é que o imeem onde alojava os ficheiros me cortava as canções e apenas tocava 30 segundos, foi um Verão manco, tal como tem sido até agora em termos de meterologia. Graças à ajuda Shyznogoud arranjei outro sitio. Agora é de vez, a música já não tem autoplay (sim puligare eu sei que é bom), mas está completa. Para esta semana, Semisonic: Chemistry!
segunda-feira, julho 09, 2007
sexta-feira, julho 06, 2007
Die Hard 4.0
Doze anos depois do último episódio, o polícia promovido a detective, John McClane regressa para mais um confronto com um grupo de terroristas dispostos a tudo.
Desta vez são piratas informáticos, que através de um esquema mirabolante, atacam todos os sistemas e computadores nos EUA, criando o caos.
Entrei para o filme predisposto a gostar. Tinha achado piada ao primeiro da série, há quase vinte anos, não tanto ao segundo, mas o terceiro recuperou a sua graça, se pensarmos num filme de acção "no-brainer". Digamos que fazia sentido, se John McTiernan (Caça ao Outubro Vermelho, O Caso Thomas Crown) estava ao leme do primeiro e do terceiro, já o segundo foi deixado para Renny Harlin cujo maior feito for ter realizado o Cliffhanger do Stallone ou o Pesadelo em Elm Street 4. Para esta quarta aventura o realizador escolhido foi Len Wiseman, puto que tem no seu passado a dupla de filmes Underworld. O pior aconteceu.
Die Hard 4.0 é um festim de efeitos especiais, tudo mexe, tudo explode e capota, mas perdeu a sua irreverência, John McClane transformou-se numa espécie de quasi-super-heroi intocável onde nada lhe pode acontecer, e nada realmente acontece. As situações em que se envolve são de tal maneira absurdas que a pessoa dá por si com a mão na cabeça a perguntar o porquê de tal exagero. Convenhamos, vencer um caça enquanto se conduz um camião, e sair de lá, por entre pontes que colapsam, com pouco mais que um arranhão, roça o ridículo. Aliás todo o filme roça o ridículo, os argumentistas não se dão ao trabalho de explicar quase nada e insistem na ideia imbecil de que com um computador e dez segundos se acede a qualquer password em qualquer parte do mundo, excepto claro se for uma password que um hacker tenha criado, essas aí são por milagre, intransponíveis. Há depois a questão de toda a gente no mundo virar burra, excepto os dois heroís que têm fantásticas intuições e descobrem os planos dos "maus da fita" sozinhos. Toda a policia, FBI, todo o cidadão americano é atrasado mental, e à excepção de uma mão cheia de hackers (e não são assim tantos), ninguem percebe nada de informática.
A lista podia continuar, mas não vale o esforço. Inverosímil é dizer pouco, o argumento é pura e simplesmente estúpido, servindo apenas de pretexto para ver Bruce Willis a escapar com poucos arranhões às situações mais disparatadas.
Uma perca de tempo e o pior da tetralogia.
quinta-feira, julho 05, 2007
Já no próximo sábado.
A minha amiga Joana Simões na sua loja Pedra de Toque, no próximo sábado dia 7 de Julho a partir das 17h, vai apresentar uma nova colecção com trabalhos de vários artistas. Fotografia, cerâmica, joalharia, acessórios de moda e decoração vão estar presentes, num lugar onde a criatividade é já companhia constante. Desta vez, vão estar à venda fotos de uma outra amiga, que está a dar os primeiros passinhos nesta área. Vale sempre a visita para descobrir este espaço e as propostas que apresenta. Neste sábado, todos os produtos vão ter 10% de desconto. Apareçam.
quarta-feira, julho 04, 2007
Lady Chatterley
Baseada no conto de D.H. Lawrence, esta é a mais recente adaptação cinematográfica da obra literária, foram pelo menos seis.
Após a Primeira Guerra Mundial, no countryside britânico, Lady Chatetterley encontra-se presa no seu próprio mundo. O seu marido, preso a uma cadeira de rodas, apenas aumenta a sensação de isolamento. À beira da ruptura, ela encontra conforto e acima de tudo liberdade, nos braços do couteiro da propriedade.
Lady Chatterley é um filme de inúmeros méritos, para além de uma fotografia sóbria a pontuar a paisagem verdejante, acenta principalmente nos ombros dos seus dois actores principais (Marina Hands e Jean-Louis Coullo'ch) que têm uma actuação contida, serena, mas eficaz. É um filme de construção lenta, mas necessária para que o desabrochar pessoal e sexual daquela mulher seja pláusivel. Acompanhamos passo a passo o desenrolar da relação, sem que nada pareça forçado ou imposto. Aliás o filme é de um recato marcante, para a temática abordada. As cenas de sexo são várias, mas filmadas com pudor, quase com a timidez que o próprio personagem sente. Em vez da sensualidade, fica a descoberta do corpo, de si mesmo, a relação com a nudez, os pequenos medos, prazeres e pormenores dos dois amantes.
terça-feira, julho 03, 2007
O Jorge voltou...
Música da Semana
O Verão não chega, e ao que parece o Imeem (onde alojo as músicas) também não ajuda, tento cortado a canção que escolhi, a semana passada, para arrancar a silly season. Esta semana decidi não deixar que nem as nuvens nem a informática me cortasse o apelo de veraneio. Tinha várias hipóteses, até planeado um alinhamento de músicas bem-dispostas para as próximas semanas, até que no caminho para o emprego, numa das rarissimas vezes que trouxe carro, resolvi por um CD a tocar. Está escolhido, não parei de sorrir e cantar o caminho todo. Hoje sinto-me assim, completamente bem-disposto. Não podia ser outra canção: I Just Can't Wait to be King!