terça-feira, abril 28, 2009

Música da Semana

Ainda cá estamos, o blog ainda está vivo (por pouco) mas o coração ainda bate...
Esta semana, Teardrop, Massive Attack...

terça-feira, abril 21, 2009

Música da Semana

Nostalgia. Hoje deu-me para recordar os tempos de liceu, das primeiras bebedeiras, do grupo de amigos, da falta de noção, dos shots, antes da descoberta do Bairro quando Alcântara era o meu poiso, principalmente o Calvário, quando a escolha do bar dependia apenas do preço das bebidas, quando ouvia esta música e fossem que horas fossem , estivesse eu em que estado estivesse, levantava-me e não parava de dançar (ou vá, pelo menos abanar a cabeça), dos primeiros namoros, e de Insomnia...

sexta-feira, abril 17, 2009

Che: Part Two - Guerrilla

É pena, mas Che, o filme em duas partes sobre Che Guevara, não é uma obra uniforme. Este Che - Guerrilha foca-se no trajecto descendente de Guevara, nomeadamente na aventura falhada no Bolívia que acabou por levar à sua morte.
Soderbergh mantém o estilo do primeiro filme, inevitável suponho visto ser na realidade o mesmo filme, filma a selva belíssimamente, e sabe gerir a tensão. O problema é que, na realidade, não se passa nada. Não falo numa opção estética contemplativa, ou de uma narrativa introspectiva reflectindo sobre a natureza trágica de Che. O problema é que Guevara está na selva, anda de um lado para o outro, sem nunca o espectador perceber para onde ou porquê, está rodeado de pessoas anónimas, nunca conhecemos um único guerrilheiro, seja pessoalmente, seja pelo seu papel na revolução falhada, e acaba capturado, não se sabe bem onde nem como, numas colinas algures.
Oportunidade falhada, apenas para curiosos que queiram ver a conclusão da obra.

quarta-feira, abril 15, 2009

Che: Part One - The Argentine

Projecto pessoal de Benicio del Toro, este Che de Steven Soderbergh é um filme de cinco horas que, por motivos comerciais, foi cortado em duas partes, O Argentino e Guerrilha.
Che - O Argentino é a primeira parte desta obra sobre o mítico Che Guevara, focando-se nos seus tempos de Cuba, desde os primeiros encontros com Fidel, até à tomada de Havana, momento esse que não se vê nem no primeiro, nem no segundo filme, pináculo central que é consequência e causa da tudo o que se passa antes e depois.
Soderbergh reencontra aqui a sua boa forma, voltando ao fulgor de Traffic por exemplo.
Curiosamente a obra Che não fica menorizada ou incompleta quando cortada em dois. Che - O Argentino é um filme que se aguenta sozinho nos seus próprios méritos, sem desculpas, sem se sentir que precisa de uma qualquer conclusão.
O mito Che Guevara é trabalhado e desenvolvido por Soderbergh no seu lado mais humanista, a sua preocupação com o Homem como indivíduo, a preocupação com a educação do povo, a sua actividade como médico no meio da selva, a sua intolerância contra qualquer abuso feito contra os camponeses mesmo no meio dos combates. É aqui que reside o fundo de Guevara, o seu amor ao próximo que, levado ao extremo, foi aquilo que conduziu à sua morte.
Filmado belíssimamente, com uma fotografia perfeita, encontra em Benício del Toro um protagonista à altura, apenas ofuscado por Demián Bichir, um Fidel Castro assombroso.
Único pecado do filme, partir do princípio que já conhecemos Guevara quando entramos na sala, muito fica por explicar, muito fica por mostrar, nunca se entende (no filme) o relevo que Che ganha no movimento, ou por que motivo é recebido com tanto fulgor pelas populações (não parece ser assim tão diferente dos outros comandantes).
A não perder.

terça-feira, abril 14, 2009

Música da Semana

O Sopros tem sido deixado ao abandono. A Música da Semana é como o ritmo cardíaco do blog, enquanto existir, regular, estamos vivos. Assim, e por falar em ritmo, esta semana ficamos com Gym Class Heroes - Guilty as Charged

quinta-feira, abril 09, 2009

Gran Torino

Clint Eastwood realiza o seu segundo filme do ano e a segunda obra-prima do ano. Com a exepção de Martin Scorsese não conheço nenhum realizador na actualidade que consiga, de forma tão consistente, manter uma fasquia tão elevada nas suas obras.
Gran Torino é, um pouco como foi Imperdoável, uma revisitação ao mito Clint Eastwood, ao velho duro, um Dirty Harry reformado, num mundo onde já não tem lugar.
Racista, xenófobo, intratável, Eastwood é um velho homem que enterra a mulher, que vive num bairro que foi mudando de vizinhança, que se vê rodeado de imigrantes de quem não gosta, com uma família que o não suporta. Acaba por criar ligações com um jovem que lhe tenta roubar o seu carro, um Gran Torino, por pressão do primo que pertence a um gang.
Gran Torino é um filme de afectos, de relacionamentos, de vida e de morte, de confrontos de identidades, de gerações, de sentimento de pertença, culpa, amor e ódio. Um filme carregado de uma intensidade, mas também de uma simplicidade e subtileza que são já marca do autor.
Emocional como poucos, sem nunca recorrer ao melodrama fácil, Eastwood mostra uma vez mais que realmente apenas melhora com a idade.

terça-feira, abril 07, 2009

Música da Semana

Segunda semana de Gladiadores... e The Show Must Go On...