quarta-feira, agosto 26, 2009

Música da Semana

Depois de ver este episódio de The Family Guy, só podia ser uma música esta semana: Surfin Bird!!!

sábado, agosto 22, 2009

Road Trip - Parte II: Conduzir...



O acto de conduzir é feito de rotinas, de actos quase reflexos, de pequenos gestos e hábitos. Mudar de carro altera o processo natural do corpo e obriga a reequacionar cada movimento, obriga o cérebro a pensar quase como se aprendesse a conduzir pela primeira vez, mas de uma forma incrivelmente mais rápida: onde se põe a chave, com que força se trava, que altura do banco, que tamanho tenho para estacionar, como se ligam as luzes, onde está o pisca, qual o novo ponto de embraiagem, entre mil e uma pequenas coisas às quais já não ligamos no dia a dia.

Um carro com mudanças automáticas obriga a um esforço acrescido. Como se liga o carro? Como se faz marcha atrás? Onde está o travão de mão? Que faço eu à minha perna esquerda?
A perna esquerda ressente-se, ela quer ajudar, ela procura incessantemente pelo pedal da embraiagem, ela está pronta nas acelerações, nos sinais vermelhos, nas subidas, nas travagens, em quase todos os momentos, mas não podemos contar com ela e isso custa mais do que parece.
Outra coisa que leva o seu tempo a habituar é ao facto do carro tomar decisões por nós, ele tem vida própria. Se não travarmos, ele anda sozinho, mesmo que não estejamos a acelerar, se achamos que vai a morrer e queremos descer uma mudança, ele não deixa,  é ele que pensa e controla todo o acto da condução e isso, ao início, dá comichões...

Road Trip - Parte I: Primeiras impressões


Aterrar em Los Angeles foi deixar Los Angeles,  visita à cidade ficou para o fim, um regresso às origens por assim dizer. 

Dormida num hotel no aeroporto para levantar o carro no dia seguinte. 
Das primeiras coisas que me entusiasmou foi ver os dinners e cadeias de restaurantes que se iriam tornar tão familiares, mas que na altura não eram mais que um imaginário cinematográfico. Esta era a minha quarta visita aos Estados Unidos, mas Nova Iorque, Filadélfia ou a Disney World não são representativas de uma América mais profunda, republicana e conservadora.

Road Trip - intro

Foram quase três semanas agarrado ao carro, a 9000 km de quilómetros de distância (salvo erro), com outros milhares palmados no asfalto, Califórnia com desvios pelo Arizona e o Nevada. No fim, muito cansaço, falta de coisas simples como sopa de legumes, muita coisa por ver, mas a sensação de ter passado por sítios onde toda a gente devia ir uma vez antes de morrer.

quarta-feira, agosto 19, 2009

Monsters Vs Aliens

Quando em 1937 a Disney estreia Branca de Neve e os 7 Anões lança a animação no meio das longas-metragens, durante anos cada filme destes era um evento cinematográfico.
Com o passar do tempo e com a entrada de novas empresas no mercado esse efeito diluiu-se até que, quase 60 anos mais tarde, em 1995, a Pixar em parceria com a Disney lança Toy Story - Os Rivais, o primeiro filme de animação totalmente feito a computador.
Durante anos a chegada do novo filme de animação computorizada trazia uma aura de magia, e os filmes eram normalmente memoráveis.
Essa fase também passou.
Hoje em dia todos os anos se editam uma mão cheia de filmes de animação, sendo que a maioria deixa muito a desejar.
Monsters vs Aliens é mais um do lote. Da Dreamworks, empresa que nos deu Shrek, baseia-se numa premissa interessante, um regresso aos filmes série B dos anos 50, mas fica-se por uma mão cheia de piadas (a maioria das quais se pode ver no trailer).
De resto há uma história sem grande interesse, duas ou três peripécias desconexas, personagens sub-aproveitados e uma falta de trabalho em algo que muitas vezes parece ficar esquecido: a história.
Não incomoda, mas pouco mais faz.

segunda-feira, agosto 17, 2009

The Boat That Rocked

Antes de partir de férias a última coisa que fiz foi ir ao cinema. O filme escolhido foi O Barco do Rock, último trabalho de Richard Curtis, realizador de O Amor Acontece e argumentista de filmes como Quatro Casamentos e um Funeral ou Notting Hill.
Nos anos 60 a música rock britânica vivia o seu momento de maior criatividade com bandas como os Beatles, Rolling Stones, The Kinks, The Who, para mencionar apenas alguns. No entanto a rádio quase não passava este tipo de música, dando azo ao aparecimento de rádios piratas, muitas delas a emitir de barcos fora das águas territoriais, com 24 horas de rock e pop, conseguindo audiências incríveis.
Esta é a história ficcional de uma dessas rádios.
A pergunta com que fiquei no fim de The Boat That Rocked foi, será que para fazer um filme basta agarrar numa série de grandes actores, personagens cativantes e colocá-las numa série de situações mais ou menos cómicas, mais ou menos desconexas, sem grande linha narrativa, fixando-se no estilo e na música?
Curiosamente a resposta é... sim.
O Barco do Rock
é um filme que se vê e revê sem problemas, divertido, emocionante, sem nada de particularmente extraordinário mas incrivelmente agradável.
Aliás ver Philip Seymour Hoffman, Rhys Ifans, Bill Nighy ou Nick Frost vale, por si só, sempre a pena. Neste caso ainda temos mais uma mão cheia de bons actores com destaque para um pequeno papel de Emma Thompson.
Belo filme para o Verão.

De volta!

A Lisboa, ao trabalho, ao Sopros...