quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Amsterdão


Primeira visita à Holanda, primeira visita a um dos destinos favoritos de muita gente Amsterdão. A pequena capital à beira mar, desde há séculos um dos mais importantes portos da Europa não me desiludiu. A primeira coisa que me chamou a atenção foi simpatia geral de um povo aberto a outras culturas, aberto a visitantes. Toda a gente sem excepção, do condutor do autocarro, ao empregado de balcão no supermercado, fala inglês, independentemente da sua etnia ou idade. Encontrei mais gente a falar inglês (correctamente) do que em Nova Iorque por exemplo.
A cidade é pensada para as pessoas. As suas ruas, os canais, a arquitectura, a preocupação com os transportes públicos, com os caminhos dedicados a bicicletas, os parques, os museus, as lojas, tudo é pensado à escala humana e para os habitantes. É fácil sentirmo-nos bem ali, perdermo-nos nos espaços públicos e deambular.
A maior surpresa é o ter encontrado, finalmente, um local fora de Portugal onde se bebe uma boa bica. Sim, um espresso, a dois euros claro, mas em todo o lado se encontra uma bica muito muito boa!
Há óbviamente as curiosidades habituais, o red light discrict com as suas montras, sex shops e live sex shows, e as vérias coffeeshops onde a parafernália de drogas se multiplica perante os nossos olhos, mas isso nada mais é que o reflexo de uma cidade onde a liberdade e o bem estar individual são o mote.
Uma visita incontornável.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Apostas


Domingo chega a inevitável cerimónia dos Oscares. De ano para ano têm vindo a perder importância, as audiências caem a pique e o famoso efeito das nomeações não se nota, os filmes na corrida para as estatuetas douradas não têm sentido o impulso da nomeação no box office.
Mesmo assim, ainda sigo com atenção as decisões da Academia, e deixo aqui as minhas previsões para os prémios principais.
Melhor Argumento Adaptado - o mais forte candidato é Slumdog Millionaire, que se prepara para vencer em toda a linha.
Melhor Argumento Original - Milk levou o prémio do sindicato dos argumentistas, mas não me admirava se Wall-E fizesse uma surpresa aqui.
Melhor Actor Secundário - Depois de morto dizimou a concorrência, Heath Ledger em Dark Knight é o vencedor antecipado.
Melhor Actriz Secundária - Kate Winslet em The Reader tem ganho consistentemente nesta categoria, mas a Academia considera que o seu papel é principal e não a nomeou aqui. Abre caminho para Penélope Cruz vencer em Vicky Cristina Barcelona.
Melhor Actor Principal - A batalha é entre Sean Penn em Milk e Mickey Rourke em The Wrestler, um dos dois leva a estatueta.
Melhor Actriz Principal - Kate Winslet tem levado tudo à frente, mas o seu papel em The Reader (aqui nomeado) foi sempre considerado o de uma personagem secundária. Isto pode dar uma aberta para Meryl Streep vencer com Doubt. Eu mesmo assim ainda aposto em Winslet.
Melhor Realizador - Danny Boyle em Slumdog Millionaire, tem sido assim em todo o lado, dos Globos de Ouro aos Bafta.
Melhor Filme - Se olharmos para a onda de prémios já arrecadada, Slumdog Millionarie parte na pole position, mas lembro-me que Brokeback Mountain também tinha uma onda de vitória atrás de si e foi Crash que venceu esse ano. Milk pode ser esse vencedor improvável.

Domingo veremos...

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Feliz dia dos namorados



Não resisti, roubei daqui...

Música da Semana

Tenho esta música para postar há algum tempo, mas não quis ir na onda do valentim. Agora que a febre do 14 de Fevereiro passou pode vir a pequena sereia e o seu amigo Sebastian, Kiss the Girl...

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Doubt

Saí da peça de John Patrick Shanley com um sabor amargo na boca. Em maio de 2007 senti que Eunice Muñoz e Diogo Infante não faziam jus ao texto vencedor de um Pulitzer. A peça nunca me cativou e as performances foram banais.
A estreia deste Dúvida, baseado na peça, com argumento e realização do próprio John Patrick Shanley deixou-me entusiasmado, principalmente depois de conhecer o elenco.
Nos anos 60, num colégio católico, um padre progressista entra em conflito com a freira responsável. Ela, temida e respeitada, discorda dos métodos do padre jovem. Até que um dia a suspeita de pedofilia os lança em confronto directo.
Meryl Streep faz o papel de Eunice e Philip Seymour Hoffmam o que coube a Diogo Infante. Que diferença espantosa, como o texto ganha vida, como se descobrem novos sentidos e nova força nas palavras, em cada cena, cada diálogo. Apenas ver os dois em cena já merece pagar o bilhete, seja qual for o filme, e aqui excedem-se. Se juntarmos a isto um elenco de uma força soberba (4 nomeações para actores deste filme aos Oscares), temos um deleite para quem gosta de ver representar.
De resto Dúvida não é extraordinário, competente em todos os campos, seguro na realização Shanley, mas sem nenhum toque que o eleve acima dos restantes, que este ano têm sido abundantes em qualidade e número.
Mas o prazer de ver estas performances vale tudo...

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Revolutionary Road

Sam Mendes, quase uma década depois do seu oscarizado Beleza Americana e três filmes mais tarde, regressa ao tema da vida familiar, na sua componente mais basilar, mais simples e directa. Volta a olhar para as relações humanas, e volta a fazê-lo com mestria.
Baseado no best seller de Richard Yates, Revolutionary Road segue um jovem casal nos anos 50 com sonhos de uma vida fora do vulgar, que acabam por se sentir encurralados no seu dia a dia de classe média, trabalho, casa, crianças, emprego.
Mendes compreende a importância dos dramas diários, do sufoco do dia-a-dia, do potencial destrutivo de sonhos quebrados. Guia-nos com uma delicadeza estranha por este emaranhado de emoções. A fotografia belíssima, bem como todo o trabalho de reconstrução de época dos décors aos figurinos, suportam e enquadram o trabalho de dois actores dotados. Se Leonardo DiCaprio não falha uma cena, uma emoção, Kate Winslet explode numa complexidade de sentimentos, num trabalho de actriz multi-facetado e que permite milhentas interpretações. A cada momento vemos nos seus olhos, na expressão, no corpo aquilo que ela sente, aquilo que ela pensa e aquilo que ela mostra. Notável.
O desagregar deste casal é mais uma das grandes obras do cinema americano deste ano. Revolutionary Road tem tudo, indústria, talento, qualidade artística (seja lá isso o que for) e neste momento já rendeu no box-office quase o dobro do seu custo.
Da imensidão de filmes a estrear semanalmente, este é daqueles a não perder.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Milk

Gus Van Sant é um realizador que tem pautado a sua carreira nos últimos anos com um misto entre o experimental contemplativo (Gerry, Elephant, Last Days, Paranoid Park) e o cinema mais clássico (Good Will Hunting ou Finding Forrester). Os primeiros têm sido bastante mais interessantes que os segundos, num percurso carregado de altos e baixos.
Milk é neste aspecto um filme mais clássico. Curiosamente é também o seu melhor filme desde há muito tempo.
Harvey Milk foi o primeiro homem assumidamente homossexual a ser eleito para um cargo público nos EUA. A sua eleição, mais do que o seu cargo, foi um marco na luta pela igualdade do movimento gay.
Milk é um filme político, tem uma agenda, a defesa da causa gay. Não há que o esconder, mas dizer isso sobre o filme será como dizer que A Lista de Schindler é um filme que defende a causa judia.
Milk repousa nos ombros do seu elenco, Emile Hirsch, Josh Brolin, James Franco, Diego Luna, suportam o colosso que é Sean Penn. Se não fosse por mais nada, ver Penn já merecia duas horas de cinema. Quem se lembra dele em Mystic River ou 21 Gramas e o encontra aqui, transfigurado, figura trágica por uma morte anunciada mas de uma candura, uma alegria contagiantes, carregado de amor e vida, só pode vir às lágrimas.
Gus Van Sant aproveita este poço de talento e guia um filme que é o retrato de uma vida tão simples e tão cheia que transborda.
Tocante, irreverente, Milk é uma homenagem a um homem, a um movimento, a uma busca por uma humanidade muitas vezes negada, roubada, nesse ponto é um abrir de olhos.
Não é um filme perfeito, longe disso, nem o tenciona ser. Mas é uma obra de amor, e isso nota-se.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Música da Semana

Eh pá! Vamos lá agitar um pouco as coisas, Queens of the Stone Age, No One Knows!

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Slumdog Millionaire

Danny Boyle é desde Trainspotting uma promessa por cumprir. Os seus trabalhos têm variado do interessante (Sunshine), ao falhado (The Beach) ao completamente esquecido (Alien Love Triangle).
Este ano apresenta Quem Quer Ser Bilionário? e a onde de prémios não tem parado.
O filme segue a história de um rapaz dos bairros de lata da India que concorre ao famoso concurso Quem Quer Ser Milionário? Está a um passo de ser o primeiro vencedor do concurso quando é levado pela polícia sob suspeita de estar a forjar os resultados. Cada pergunta, cada resposta, é uma pequena história da sua vida, um passo para chegar até ali.
Quem Quer Ser Bilionário? (terrível titulo português para Slumdog Millionaire) está a ser ovacionado mundo fora como um clássico moderno. As críticas (excepto a portuguesa) têm sido impressionantes e tem sido distinguido em todo o lado, dos Globos de Ouro, aos BAFTA, sendo literalmente carregado em ombros até aos Oscares.
Tamanha unanimidade cria uma expectativa colossal em relação ao filme.
Gorada.
Quem Quer Ser Bilionário? é um filme carregado de energia, luz e cor, ritmo e inclusivé emoção. Uma história tocante, mas excessivamente ingénua, um olhar ocidental sobre uma Indía que nos é mostrada como um postal animado, uma visão folclórica de alguém que lhe é nitidamente externo.
Como produto de entertenimento funciona, as luzes piscam e os miúdos são queridos, as histórias são interessantes e é tudo tão pitoresco que se torna amoroso. Boyle tem destreza com a câmara e sabe construír uma narrativa apelativa.
Daí a ter 10 nomeações para os Oscares e ser aclamado mundialmente como o melhor filme do ano vai um passo de gigante.
Mas se a multidão aplaude, devo ser eu que estava distraído...

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Para ter uma noção de escala


"CGD incorpora 1800 milhões de perdas do BPN
As imparidades e perdas detectadas pela actual administração do Banco Português de Negócios (BPN) elevam-se a 1800 milhões de euros, revelou hoje Norberto Rosa na comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do BPN.

Este valor, anunciado pelo actual administrador do BPN, é pelo menos o dobro do que tinha sido detectado pela auditoria realizada a pedido da anterior gestão de Miguel Cadilhe."

O Estado, pela mão da Caixa Geral de Depósitos, acabou de encaixar com 1800 milhões de euros de dívida, numa altura de apertada crise financeira. Esse buraco é o dobro do que tinha sido detectado na auditoria realizada anteriormente. Deixa ver... O DOBRO!!!! Ou seja, os auditores, pagos a peso de ouro, deixaram escapar qualquer coisa como 900 MILHÕES DE EUROS DE BURACO QUE AGORA TODOS NÓS VAMOS PAGAR!!!!

Ok... vamos ter a noção das grandezas.
Vamos para os meus lados, do cinema.
Em 2008, o ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual) apoiou 51 filmes, dos quais 15 longas, 12 curtas, 16 documentários e 8 curtas de animação. Gastou nesse apoio 8,4 milhões de euros.
Ora bem...
Isto significa que o Estado encaixou com um rombo que dava para pagar 214 anos de todo o financiamento público que o cinema português recebe!!!! 214 ANOS!!!!!! Assim... de uma assentada...

Vou ali sentar-me e por a cabeça entre as pernas, que começo a ver tudo a andar à roda...

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

No meu local de ensaios...

Olá a todos:

O "OPEN DAY" está a chegar…

A "Liga dos Amigos" vai abrir as portas ao público no próximo Domingo dia 08 de Fevereiro 2009 a partir das 14:00h para quem quiser conhecer e participar nas várias actividades que temos para oferecer.

Um dia dedicado aos mais curiosos onde poderão saber um pouco mais sobre as energias do Tai Chi, Shiatsu, Acupunctura, Reiki e Astrologia. Teremos também o Lançamento do Livro "Uma Vida entre Magia e Realidade" e para animar a malta, Capoeira (infantil e adultos), Danças de Salão, Concerto de Taças Tibetanas e ainda algumas surpresas que ficam por revelar.

Em baixo o programa das festas. Venha ter uma tarde diferente e traga um amigo. A entrada é livre.

Até Domingo


Liga dos Amigos,
Rua Marechal Saldanha, Nº 28 - Lisboa
Contactos:
21 343 11 64
91 865 43 97


“OPEN DAY”

ENTRADA LIVRE

LIGA dos AMIGOS - 08 de Fevereiro 2009

14h00 / 14h15
Aula Capoeira Infantil com Professor Chá Preto

14h30 / 15h00
Aula Tai Chi com Professora Wang

15h15 / 16h00
Lançamento do Livro “Uma Vida entre Magia e Realidade” de Mª Adélia Martins

16h15 / 16h30
Palestra Shiatsu com Teresa Paiva

16h45 / 17h00
Palestra Medicina Tradicional Chinesa – Acupunctura com Carlota Rente

17h15/ 17h30
Palestra Reiki com Fátima Martins

17h45 / 18h00
Palestra de Astrologia com Professora Ana Lupi

18h15 / 18h45
Concerto Taças Tibetanas com Cristina Costa e Cristina Marques

19h00 / 19h30
Aula Capoeira Adultos com Professor Chá Preto

19h45 / 20h15
Aula Danças de Salão com Professor Leandro Costa

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Bale a besta!

No set do Terminator 4 o director de fotografia foi verificar uma luz, passando à frente da celebridade, o senhor Cristian Bale (o último Batman).
Este não vai de modos e insulta-o de tudo, numa mostra de falta de carácter e vedetismo impressionantes. Ficou tudo gravado.
Para ouvir em baixo.

Defiance

Quem conheça o trabalho de Edward Zwick sabe o que esperar deste Resistentes. Tempo de Glória, Diamante de Sangue ou O Último Samurai conhece o gosto do realizador por épicos com um tom de tragédia. Quem conheça o trabalho de Eduardo Serra (Fados, A Rapariga com o Brinco de Pérola, Diamante de Sangue), sabe que este director de fotografia é capaz de contar toda uma história por imagens, criar todo um ambiente de luz que nos transporta para um sítio emocional que define os seus filmes.
Em 1941 quatro irmão, camponeses judeus bielorrussos, fogem para a floresta depois de os nazis lhes terem morto a família. Ali tornam-se os guardiões involuntários de diversos judeus que seguiram o mesmo caminho, em busca de abrigo nos bosques.
Resistentes é capaz de ser dos filmes com um tom mais melancólico de Edward Zwick. O frio, a fome e a doença estão constantemente presentes na vida de um grupo improvável de heróis que escolhem sobreviver, recusando-se a entregar nas mãos de Deus para decidir o seu futuro, recusando-se a morrer.
Resistentes não é um filme genial. É demasiado linear na glorificação de uns e demonização de outros, desenvolve-se a um ritmo estável e minimamente previsível, sem trazer nada de propriamente novo ou diferente - vide a cena do casamento, um decalque pobre do que Coppolla fez nos Padrinhos.
No entanto nunca compromete. Tem um trabalho do elenco bastante sólido, uma fotografia soberba, uma realização clássica e inteligente, uma história verídica tocante.
É um conto de força e vida, bem contado, bem construído, duas horas de bom cinema.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Música da Semana

Tenho um projecto académico a ser desenvolvido, para a pós-graduação que estou a tirar. Uma série para telemóveis, com potencialidade para se transformar em filme para televisão e até série de televisão se a coisa funcionasse. Estamos a desenvolver uma história, mas queria que o projecto fosse mais do apenas o argumento que estamos a desenvolver. Que fosse um formato que se pudesse adaptar a várias histórias. Como tal pensei em desenvolver para além deste caminho específico, trailers para outras situações adaptáveis à mesma mecânica.
A primeira história é um conto de medo. A segunda queria que fosse uma história de relações pessoais e familiares.
Descobri a música perfeita para o trailer. Não que seja uma canção genial, mas para o efeito que quero encaixa que nem uma luva!
Aqui fica o video de L-O-V-E Sugarush Beat Company.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Frost/Nixon

A corrida para ver todos os filmes fortes que estreiam continua. A época dos prémios é sempre tramada, são dois meses para apanhar os nomeados para os Óscares e todos aqueles que, mesmo sem serem nomeados, foram feitos a pensar numa hipótese de receber a estatueta dourada.
Este domingo vi um dos nomeados a Melhor Filme, Frost/Nixon.
Em 1977 o apresentador de talk-shows David Frost fez uma série de entrevistas de fundo a Richard Nixon. Este filme segue todo o processo, desde a ideia inicial até à concretização das mesmas, uma batalha entre um playboy televisivo e o monstro da política.
O tema parece redutor, apenas reservado a quem se interesse pela vida política americana da época.
Erro.
Frost/Nixon
é um filme soberbo, sem dúvida o melhor de Ron Howard.O realizador de Apollo 13, Cinderella Man e Uma Mente Brilhante consegue aqui um trabalho difícil, um equilíbrio entre o drama político, o lado humano e a investigação histórica.
Frost/Nixon está, antes de tudo, extremamente bem escrito. Um argumento construído com um rendilhado minucioso e detalhado sobre cada personagem e evento, num crescendo de tensão até ao confronto final.
Ron Howard cedo percebeu que o filme funcionaria ou falharia com base na performance dos seus dois rostos principais, e deu-lhes espaço para respirar, tirando o melhor proveito quer de Michael Sheen, quer de Frank Langella. Langella aliás - nomeado para o Oscar de Melhor Actor Principal - revela-se como um grande actor, algo que até hoje e em mais de 30 anos de carreira, me tinha escapado completamente. Absolutamente impressionante.
Foi este trabalho cuidado que tornou este Frost/Nixon num dos grandes filmes do ano, é este esforço dos actores e minúcia da realização que torna tão eficaz este embate, que nos permite descobrir e sofrer com cada um deles, que faz com que uma série de entrevistas nos deixe com um nó na garganta.
O filme tem passado ao lado do box-office com audiências diminutas, por isso apressem-se e não o deixem fugir.