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terça-feira, maio 26, 2009

Cluedo Hipócrita 6


É um sucesso! Mais um jantar mistério, já neste sábado, dia 30 de Maio. Quem se quiser aventurar nesta aventura macabra contacte-me ou use os números da foto!
Ficamos à tua espera!

sexta-feira, maio 08, 2009

Cluedo Hipócrita


Aqui está ele! De volta... (cliquem na imagem para mais informações)

Dia 9 de Maio (amanhã) pelas 21h!

quarta-feira, maio 06, 2009

Música da Semana e Gladiadores


Fim de peça, fim de ciclo, resta sempre um amargo de boca mas neste caso sinto-o mais como uma oportunidade. Serviu para aprender muito, foi a terceira vez que subi a palco e, uma vez mais, num registo completamente diferente das anteriores. O que mais me marcou no entanto, foram as dificuldades e problemas de produção, ultrapassados apenas pela união de um grupo que foi sendo formado ao sabor do vento, mas que conseguiu transformar-se numa verdadeira família coesa.
A peça era pior do que a anterior, sem dúvida, e no geral não atingiu o nível que pretendia, a máxima de conseguir um espectáculo sempre melhor que o do ano anterior não foi conseguido, mas acabou por não ser esse, como disse, o ponto fulcral de todo este processo.
Para marcar este momento aqui fica The Beatles... The End.

and in the end, the love you take is equal to the love you make...

terça-feira, abril 07, 2009

Música da Semana

Segunda semana de Gladiadores... e The Show Must Go On...

sexta-feira, março 27, 2009

Gladiadores

Dia Mundial do Teatro, o meu post só podia ser este!
De volta ao palco!
Segunda peça com os Hipócritas, terceira da minha vida (vá, a primeira foi mais um exercício que o resto), uma vez mais no Franco-Português.
Do Godot nos Infernos para este Gladiadores é como da noite para o dia. O texto menos complexo, escrita menos conseguida, mas de um estilo completamente diferente, que apresenta desafios completamente novos em termos de actor.
Comédia modernista (modernaça?) de Alfredo Cortez, dramaturgo português dos anos 30 (e 40 e 50), um pequeno delírio em 3 actos que teve mais problemas de produção do que alguma vez poderia imaginar. Parto difícil, tirado a ferros à custa de muito sacrifício, de muita dedicação e principalmente muita teimosia.
Não é perfeita, mas existe, está lá, orgulhosa, viva, uma peça que, mais vezes que não, esteve perto de não existir.
Agora é a recta final, e depois um mês de palco. Que saudades tenho eu daquele cheiro, daquele nervo... É um regresso a casa, e espero ver-vos a todos por lá...

Ah, e vão ao teatro, não só hoje, dia dedicado, mas amanhã e depois, e para o mês que vem, e para o outro...



Gladiadores
Instituto Franco-Portugais

2 de Abril a 2 de Maio
Quinta a Sábado (dias 11, 17 e 18 de Abril não há espectáculo)
22h


Preço: 6,50 euros
(Desconto de Pin Cultura, Maiores de 65 anos, estudantes, profissionais do teatro e grupos +10: 5,50euros)


Contacto produção/bilheteira:
Filipa Pais de Sousa 966419650 / Manuel Barbosa 960255333

Encenação e Adaptação: Reginaldo Cruz
Autor:Alfredo Cortez
Elenco: Ana Castro Paiva l Ana Teresa Vaz l Filipa Pais de Sousa l Joana Salgueiro l Jorge Subtil l Luís Moreira l Marco Marcos l Miguel Reduto l Miguel Pires Ramos l Mafalda Jacinto l Natacha Bulha l Ricardo Lérias
Cenografia: Filipa Ribeiro da Silva
Figurinos: Maria Azevedo e Nuno Nogueira
Caracterização: Sílvia Soares
Música: The Costas Voltadas
Fotografia de Cena: Sofia Maul
Vídeo: Nuno Gonçalves
Desenho de Luz: Rui Dias
Sonoplastia e direcção técnica de Som e luz: Nuno Chainho
Design: Filipa Ribeiro Ferreira
Produção Executiva: Manuel Barbosa
Direcção de Produção: Filipa Pais de Sousa
Produção: Hipócritas

Institut Franco-PortugaisAvenida Luís Bívar, 91 / 1050-143 LisboaTel: (+351) 21 311 14 00Fax: (+351) 21 311 14 68infos@ifp-lisboa.comhttp://www.ifp-lisboa.com/

HIPÓCRITAS Associação Cultural
hipocritas@gmail.com
http://teatrohipocritas.blogspot.com/

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Jantar Mistério

Os Hipócritas, o meu grupo de teatro, estão a organizar jantares-mistério. De Janeiro a Março, um por mês. O primeiro é já a 31 de Janeiro, seguidos de 28 de Fevereiro e 21 de Março. Estamos abertos a fazer novas datas para grupos, aniversários, casamentos e funerais (como o Bregovich) O preço por pessoa são 30€ com tudo incluído.
Fizemos um jantar de teste que correu muito bem. Estão abertas as inscrições para os próximos 3 jantares. Para qualquer dúvida enviem-me um mail para soprosdimproviso@hotmail.com
Há interessados?
Vão ser noites bastante interessantes...

(Na imagem a data está errada... é um convite antigo... mas vá...)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Palhaços


Assim como assim de repente o homem vive. Raramente o vejo, foi por isso uma agradável surpresa receber um telefonema do Tiago na terça.
Um grupo de estudantes do conservatório de cinema vai fazer uma curta como trabalho de faculdade onde o Tiago ia entrar como actor. Por causa da mudança das datas de rodagem ele ficou sem poder participar e deu o nome de duas pessoas que achava serem hipótese para o substituir. Eu fui uma delas. Fiquei contente por falar com ele e mais ainda por se ter lembrado de mim para o projecto.
Ontem fui ter com o grupo para o conhecer, alguma conversa e um casting onde fizemos a curta quase toda.
Dois palhaços, um mais novo, outro mais velho e uma relação que se cria em apenas 3 minutos.
Gostei do grupo, gostei da forma como o realizador dirigia, muito novo, mas seguro daquilo que queria e claro na forma como o transmite.
Foi hora e meia antes do ensaio da peça. Esse durou até perto da meia noite.
Cheguei a casa cansado, mas feliz.
Não sei se faço a curta ou se escolhem o outro actor, agora não é importante, mas aquelas 5 horas ao fim do dia, com diferentes pessoas, diferentes personagens, várias abordagens, sem tempo sequer para jantar revitalizaram-me.

É nestes momentos que noto como representar me preenche, me entusiasma, me anima e a incrível falta que me faz...

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Que se foi...


Os ensaios da minha nova peça têm estado a avançar com soluços e sobressaltos. O problema principal tem sido o elenco, vasto e desigual, nem sempre temos todos os actores, na verdade nem sequer tivemos durante meses o número de actores necessário. Mas com maior ou menor dificuldade a coisa vai-se compondo.
Ontem foi mais uma surpresa. Perdemos o Mário.
É claro que perder um actor é mau nesta altura dos ensaios. Ainda por cima o Mário tinha um papel complicado, diversos personagens que ele estava a começar a descobrir com pormenores que só ele poderia desencantar.
Por ser particularmente o moço vai-me fazer falta. É sempre bom ter no grupo um amigo, principalmente daqueles com quem se partilham as pequenas piadas privadas, com quem se encontra o pormenor ridículo onde mais ninguém parece ver.
No entanto o pior é que ele tem sido nos últimos 3 meses uma influência muito positiva no grupo. Ganhou o seu espaço, o respeito e o carinho de todos, num local onde, falo por experiência própria, nem sempre é fácil entrar.

Por estes motivos e por todos a peça ficou mais pobre. Já encontrámos substituto, inesperadamente, tenho a certeza que será competente.

Nós os dois, como sempre, cá nos vamos vendo, entre peças, cafés e jantares pela madrugada. Um abraço. Um dia ainda vamos ter outras oportunidades para contracenar.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Cabelinho à ai Jesus e montagem fraquita mas...

... sempre passa por aí não é?

segunda-feira, julho 14, 2008

O fracasso do sucesso


Foi no sábado no Bar Alive em Santos, a última Performance Party desta temporada Hipócrita. Em três meses, três bares diferentes, três conceitos diversos, em três festas para angariar dinheiro para a nossa próxima peça e manter o grupo activo.

Tenho que tirar o chapéu à Silvia e à Sofia, as actrizes que organizaram esta trilogia de eventos, não foram só espaços diferentes e personagens diferentes em cada noite, na realidade cada festa teve uma ideia e uma personalidade própria, como se fosse autónoma, reservando surpresas e novidades mesmo a quem acompanhou as três.

Este dia 12 foi a vez de Casting Call: À Procura de Célio/a.

O conceito era simples, quem chegava ao bar estava a entrar para um casting, onde procurávamos a nova grande vedeta do momento. Depois de preencher os dados, de tirar as respectivas fotos, diversos professores ajudavam as pessoas a descontrair e prepararem-se. Numa sala à parte o casting era feito perante um júri, e o escolhido de cada grupo avançava para a zona final, uma pequena surpresa privada acessível apenas a alguns.

Pessoalmente foi a festa que menos gozo me deu. Fazia parte do júri e portanto aquilo que podia fazer com o meu personagem era muito limitado, inconparávelmente menos que das vezes anteriores.

Por outro lado, esta foi a festa com menor assistência. 87 pessoas. Pela primeira vez não passámos a barreira dos 100, ficando com menos 40% do que a primeira festa. É julho, as pessoas estão de férias, o Optimus Alive levou as restantes, e financeiramente ficámos a perder.

A questão é que, por aquilo que consegui perceber, esta foi a performance que mais gozo deu a quem assistiu. Ao serem mais incluídos no desenrolar dos acontecimentos, ao serem parte fundamental e terem que passar por várias fases, as pessoas realmente ficaram motivadas, perderam inibições e inclusivé trocavam perguntas e opiniões com completos desconhecidos, como se fizessem realmente parte de um grupo que ia prestar provas.

Ao menos isso.

Agora pausa para o Verão. Mas na próxima temporada estamos de volta, com a peça em Abril, muitos ensaios e novos eventos...

quinta-feira, julho 10, 2008

À Procura de Célia/o


Os Hipócritas, grupo de teatro a que pertenço, vão fechar as exibições para o Verão. No dia 12 de Julho, próximo sábado, vai ser o último evento da trilogia Performance Parties, em Santos, as duas primeiras foram Esmola Precisa-se no Minimercado e Call Me no Left.


Agora no Bar Alive em Santos (antigo Alcóol Puro), mesmo ao lado do MiniMercado e da Guilherme Cossoul apresentamos Casting - À Procura de Célia/o. Dia 12 a partir das 22h.

Conto contigo...

sexta-feira, junho 06, 2008

Lembranças Godot

Ora aqui está o único registo video que conheço do Godot Nos Infernos que esteve em cena em Janeiro / Fevereiro no Franco-Portugais. Foi uma peça com altos e baixos, muitas imperfeições, mas com a sua quota parte de méritos. O meu trabalho foi irregular, no geral creio que não comprometi mas estive longe de ter uma performance sólida. No video pareço rígido, tenso, apesar de, nesta cena final, não o estar.

Traz-me tantas memórias...


segunda-feira, junho 02, 2008

No Left...

Uma e meia da manhã de um dia que tinha começado às sete, de uma casa para a outra para buscar roupa, directo para o trabalho, daí para a pós-graduação e três horas depois, sem tempo para respirar, muito menos para jantar, já atrasado até ao Left para o espectáculo. Isto na sexta-feira de uma semana particularmente dura.

Uma e meia da manhã e o corpo já pedia descanso, a solução era simples, não parar nunca. Agarrado ao telemovel, em excesso desde o arranque, a meter conversa, a provocar, a língua bifurcada cheia de veneno a provocar o riso de quem ouve, em contraste com o personagem de palco - pequeno, triste, velho - foram 3 horas intensas sem desarmar.
Já depois das duas da manhã o corpo doía, a cama chamava, os aplausos e os parabéns eram um bálsamo.

A performance no Left correu bem.

É impressionante como o teatro me faz falta...

quarta-feira, maio 28, 2008

Call Me


Esta sexta-feira vou estar no Left, em mais uma produção dos Hipócritas. Vai ser mais uma animação de um bar, ainda em Santos, mas desta vez um pouco mais encenada, com mais momentos performativos e menos ênfase na interacção com o público. Chama-se Call Me e gostava de vos ver a todos lá.


HIPOCRITAS apresentam
CALL ME!
30 de Maio - 22h
Bar LEFT
Largo Vitorino Damásio - Santos

sexta-feira, abril 11, 2008

Precisa-se


Foi ontem a festa Precisa-se no bar Mini-Mercado em Santos, apresentada pelos Hipócritas, onde diversos performers estiveram a animar a noite até às 3 da manhã.
O meu personagem, um poeta apaixonado à procura do amor da sua vida. Foi uma experiência única, com as suas falhas em termos globais de espectáculo, mas que pessoalmente valeu pelo incrivel teste que foi como actor, e pelo enorme gozo que me deu em participar.
Durante toda esta semana estive nervoso a pensar no dia de ontem, nervoso pela falta de ensaio, mas principalmente nervoso pela falta de rede. Afinal foram quase 4 horas, em pé, sem texto, nem uma quarta parede que nos segurasse. A interacção com o público e o improviso fazem com que cada momento seja único, e por muito que tentemos controlar a situação, em qualquer altura tudo pode desmoronar-se. A adicionar a isto, foi-nos dado segunda-feira o nosso personagem e a mecânica base em que desenvolveria, mas tudo o resto, até à mini-performance que entretanto cada um de nós desenvolveu no centro do bar (momento mais fraco da minha noite), era da nossa responsabilidade. 3 dias para desenvolver um personagem coerente, interessante, e que entretesse as pessoas, que me permitisse interagir e defender-me de tudo o que pudesse aparecer. Estava com medo.
Foi bom. Deu-me outras armas, outro jogo de cintura, a possilidade de representar (o que é SEMPRE bom) e a ligação às pessoas dá uma adrenalina imensa.
Venha a próxima...

segunda-feira, abril 07, 2008

Quinta feira, dez de abril, no MINIMERCADO.

De pessoas que saibam dar, que sintam prazer no grandioso saber de dar antes de poder receber, que saibam dar sem pensar, que gostem do que dão e a quem dão. Precisamos de ti, de mim, do outro e daquele, precisamos de todos sempre e até sempre. Preciso que percas tempo, que olhes para mim, que vás até mim, hoje, ontem e que até possas voltar amanhã, preciso que também tu precises de mim e preciso de poder estar lá para te dar alguma coisa, qualquer coisa, sem pensar o que possa ser.
Vou estar no MINIMERCADO, em Santos - espero que saibas onde fica, senão pede indicações. Certamente alguém te poderá indicar o melhor caminho para lá chegares. Poderá não ser o mais rápido, mas será certamente o certo.
E o dia, será que vai ser um dia em que possas? Será que neste dia te apetece dar alguma coisa a alguém? Achas que dia 10 de ABRIL é cedo demais, que podes ou consegues ver-me nem que seja por uns minutos? Eu sei que também preciso mesmo de lá estar, tentarei não chegar atrasado porque podes entretanto também tu te esquecer das horas. Preciso por isso de lá estar às 23H para te conseguir ver. Se chegares atrasado, eu espero. Só tu não vais esperar, porque eu vou para te poder dar toda a atenção. Dou-te um abraço, uma esmola, um sorriso ou até um simples piscar de olho. O que precisares.
Por agora, eu preciso que penses no teu computador, este onde me estás a ler agora. Quando primes o teclado para poder dar alguma coisa, dar vida a um texto, uma carta, uma conversa e com um simples clique, simples, tão simples clique, que se tu quiseres não tem um fim. Não deixes nunca de o fazer, não custa nada, ou custa tão pouco, não deixes de dar, de saber receber e de poder voltar a dar, clica sem mais demoras, clica e não olhes para onde clicas. Consegues? Eu acredito em ti. Eu sei que consegues e tenho a certeza que não vais querer parar de dar. Nunca mais.

quarta-feira, março 19, 2008

Paz de espírito


De repente cai-me no colo, de um dos mais bem dispostos actores que conheço, vem o convite para participar na peça que ele está a encenar. Um grupo de miúdos, malta da televisão principalmente, onde vou substituir um actor que saiu. Eles já levam bastante tempo de ensaio, eu acabei de entrar. A estreia está para breve, tenho muito que aprender, muito que recuperar e pouco tempo para o fazer.
Foi bom ter uma recepção calorosa, sentida, um abraço forte de um amigo, e perceber, nos dois primeiros actores que conheci, uma abertura, uma disponibilidade que me deixaram relaxado, à vontade, feliz.
Foram apenas primeiras impressões, mas foram exactamente aquilo que estava agora a precisar, independentemente da peça, da minha prestação e de tudo o resto. Foi bom sentir-me bem vindo.
Agora em frente com o trabalho.

quarta-feira, março 12, 2008

Arrogância


Mexe-me na pele este sentimento de superioridade, este olhar de cima como se possuidores de uma verdade universal, de um caminho e carreira reconhecidos, quando na verdade nem esse caminho não percorrido daria legitimidade para tentar uma inversão de papeis.
Claro, quem muito arrisca, muito abdica, quem dá sangue e couro acaba por não ter cabeça para ter que estar a lutar contra a maré, para ter que, para além do esforço natural que o cúmulo de trabalho acarreta, se sentir constantemente em xeque, os limites testados, o confronto passivo-agressivo ao virar da esquina.
Assim se ameaça esboroar um projecto quando ainda mal tinha começado, e desaparecer na obscuridade antes de ter tido tempo de respirar e crescer.
Um actor é um ser generoso. Tem que o ser. Tem que ter a disponibilidade e a abertura para receber o que lhe é dado, para se colocar nas mãos de terceiros e a força de conseguir fazer fluir para o público essa emoção, esse trabalho, essa aprendizagem.
Um actor tem que ser humilde. Sem essa humildade não tem disponibilidade animica, emocional, pessoal para trabalhar, para se entregar e conseguir atingir os niveis que apenas essa abertura permite.
Lá está... mexe-me na pele...

sexta-feira, março 07, 2008

Respirar fundo...


Hoje volto aos ensaios. Depois de Godot nos Infernos, verdadeiramente a minha primeira peça, Os Hipócritas voltam a ensaiar um novo texto para estrear dentro de 3 meses.
É um recomeço, quase um continuo, ensaio, peça, ensaio, respiro fundo e atiro-me de novo de cabeça.
O que aprendi com o meu Garcin foi guardado, barreira alta, superada a custo, no fim de contas com mais pontos positivos que negativos (?), imperfeito, olhando para trás mudaria muita coisa, olhando para trás tentaria outros caminhos, poria outras dúvidas, outras questões. Mas esse é o passado, agora novo caminho numa outra pele tão diferente da minha como era a anterior.

Encho o peito... cá estamos nós outra vez...

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Pois bem... continuemos...


É esta a última frase que Joseph Garcin diz em Huis Clos, e em Godot nos Infernos, momentos antes da peça acabar. O pano cai, mas o martírio daqueles três personagens continua pela eternidade, saimos daquele inferno mas ele não desaparece.
O mesmo acontece com esta peça. Ontem caiu o pano sobre a quinta produção dos Hipócritas, Godot nos Infernos, a minha primeira peça a sério. Deste julho que este texto me acompanha, com mais intensidade depois do Verão e em pleno desde 10 de Janeiro, data em que estreámos no Instituto Franco-Português.

"E agora? O que é que fazemos?"
"Esperamos pelo Godot..."
"Sim, mas enquanto esperamos?"

Vazio. Fica sempre uma sensação de vazio quando termina um projecto, principalmente algo tão intenso e envolvente como este, algo que para mim foi tão marcante. Aprendi imenso, cresci imenso, tenho tanto ainda para andar, tanto para corrigir, melhorar, mas este foi o maior passo que já dei.
Agora pausa... silêncio. Um mês ou dois de interrupção na vida artística dos Hipócritas, para um regresso anunciado que, espero, seja muito em breve.
Deixei Garcin com as suas Inês e Estelle, mas nunca o teatro.

"Pois bem... continuemos..."