sexta-feira, janeiro 30, 2009

Sim nós podemos!!!!


Eu só não adivinho o Euromilhões! Depois do post de há três dias atrás eis que me deparo com esta maravilhosa campanha do PSD Seixal!
Como diria Quino, assim vai o mundo Mafalda!
Vide aqui no site oficial o lançamento do outdoor...

Não percam o vídeo exclusivo aqui do sopros de toda a história...

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Vicky Cristina Barcelona

Woody Allen tem vindo numa espiral descendente. Com a honrosa excepção de Match Point há 4 anos atrás, não vejo um grande filme do realizador desde As Faces de Harry em 1997. Vicky Cristina Barcelona foi tão bem recebido - levando inclusivé o Globo de Ouro de Melhor Filme - que me enchi de esperança num retorno em grande de Woody Allen.
Duas amigas americanas, Vicky e Cristina, vão passar o Verão a Barcelona. Na viagem encontram um sensual pintor com o qual acabam por se envolver. Cristina junta-se a ele, até que, para complicar ainda mais as coisas, aparece Maria Elena, a ex-mulher lunática.
A história não é brilhante, mas os triângulos amorosos destas 4 personagens podiam ser interessantes, principalmente pelas diferenças marcadas entre elas. O casting foi perfeito, Javier Bardem transborda sensualidade, Scarlett Johansson convence como uma debutante sexy, Rebecca Hall faz um contraponto forte e Penélope Cruz ilumina o ecrã com a sua força bruta, a sua emoção à flor da pele.
No entanto o filme falha.
Começa pela escolha de um narrador que não se cala durante toda a acção, declamando monocórdicamente aquilo que já se está a ver no ecrã. É redundante, profundamente irritante e não faz mais do que tirar a atenção da história que se desenrola à nossa frente.
Em segundo lugar, a escrita de Woody Allen tornou-se do mais piroso e carregado de clichés que imaginar se pode! Barcelona é vista como um postal animado, um passeio turístico onde abundam os lugares-comuns a um nível perturbante, não só nos locais, como na forma infantil com que se refere a todo o meio artístico. Não existem lugares, pessoas, relações, mas sim caricaturas das mesmas. Consigo ver o próprio Woody Allen de Annie Hall ou Manhattan a gozar perfidamente com este monte de chavões.
Allen quer ainda fazer um filme sensual e provocante, mas não tem a coragem de ir até onde é preciso. Cai então no ridículo. Um exemplo é querer despir Scarlett Johansson para depois lhe tapar o corpo com lençóis e fazê-la cobrir-se com os próprios lençóis quando se senta na cama com o amante. Este tipo de situações está espalhada pelo filme. Se não se quer jogar com a sensualidade e a sexualidade não se joga.

Valha-nos Penélope Cruz, quando ela aparece é uma lufada de ar fresco. Para além de um portento de mulher é mesmo uma grande actriz.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

The Curious Case of Benjamin Button

Nomeado para 13 Óscares e um dos óbvios candidatos a vencedor da noite, O Estranho Caso de Benjamin Button, é o último filme de David Fincher, realizador que nos trouxe o soberbo Seven - Sete Pecados Mortais, Fight Club, Sala de Pânico ou Zodiac. Esta é portanto uma mudança de rumo no estilo de cinema a que Fincher nos tem habituado. O resultado é muito bom.
No dia em que se comemora o fim da Primeira Guerra Mundial, uma criança nasce, matando no parto a mãe. O seu aspecto horrível e a dor da perda da mulher leva a que o pai o abandone à porta de um lar de idosos. A criança parece um velho em fim de vida. Cedo se descobre que envelhece ao contrário, com o passar dos anos vai ficando com um aspecto cada vez mais jovem.
O Estranho Caso de Benjamin Button é o típico filme adorado pela Academia. Grandes valores de produção, uma história bem contada, bons actores, tocante, inteligente e suficientemente consensual para não ofender ninguém.
É sem dúvida um grande filme. O argumento de Eric Roth (o mesmo argumentista de Munique, Forrest Gump e O Informador) é muito bem construído, um misto de drama humano com épico, emocional (quem tem tendência para chorar em filmes é melhor levar lenços).
Tecnicamente é irrepreensível, principalmente nos efeitos que mostram o rejuvenescimento de Brad Pitt. O trabalho de maquilhagem é dos melhores que tenho visto, do mais óbvio (a cara velha de Pitt) ao mais discreto (a gordura nas costas de Cate Blanchett ou a falta de rugas num Pitt de 18 anos).
O trabalho do elenco não tem mácula, apesar de me parecer exagerado a nomeação para o Oscar de Brad Pitt.
O Estranho Caso de Benjamin Button fica apenas a um passo da genialidade. Com todos os seus méritos falta-lhe apenas o toque de imprevisto, aqueles momentos que nos deixam de boca aberta e transformam completamente a experiência cinematográfica (vide A Troca).
Feito este reparo, vão ao cinema e deixem-se levar por um terno Benjamim...

terça-feira, janeiro 27, 2009

Sim...


Yes We Can, foi o slogan, a mensagem de esperança, de mudança, de um futuro melhor que Obama trouxe à América e ou Mundo. Vi o seu discurso de aceitação e tive vontade de gritar: tenho orgulho em ser americano!
Mas não sou.
Por cá temos uma cópia barata. O PCP saiu para a rua com o seu Sim, É Possível.
Sejamos honestos não tem o mesmo impacto. Obama afirmava que que conseguiam, o PCP limita-se a dizer que vá... é possível. (mas será provável?)
Já não é só a mediocridade geral dos políticos nacionais, a falta de alternativas e de liderança, o mínimo denominador comum que atravessa a vida pública (arrepio-me agora ao ver a cara de Fátima Felgueiras na televisão), parece que até os slogans são versões aguadas de ideias dos outros.
Pouco falta para termos o PSD a gritar: Sim Nós Podemos!

Música da Semana

Começou pela auto-promoção da SIC. Sem falar em produto nenhum específico, tentava criar uma empatia com a estação, coisa que a Super Bock, cpor exemplo, faz há anos com uma qualidade superior.
No entanto para a estação de televisão não sendo uma estreia é, pelo menos do que vejo, uma raridade.
Gostei da promo principalmente por causa da música.
Para esta semana A Fine Frenzy - You Picked Me, com vídeo, ao vivo.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Die Welle

Será possível, numa sociedade globalizada, numa Europa moderna e supostamente esclarecida, a emergência de um regime ditatorial?
Um professor alemão, liberal de esquerda, jovem e com uma excelente relação com os alunos, resolve fazer um projecto. Numa aula sobre autocracia decide começar um regime ditatorial numa turma que insiste ser impossível acontecer hoje em dia, impossível acontecer com eles.
São pequenos passos, um pouco de ordem na sala, cada um a falar à vez, organizados. Em seguida criar um líder, dar aos alunos um sentimento de pertença, por o bem comum acima do bem individual, criar-lhes um inimigo a combater, dar-lhes uma farda, um lema, um nome, um símbolo. Pequenos passos, a maioria inofensivos, a maioria com os quais qualquer pessoa concorda. A motivação aumenta, o sentido de pertença também e com ele a entre-ajuda. Começam a ter um novo sentido para a vida, a criar um novo orgulho em si próprios. Até que começa. Devagar primeiro. Alguém que não quer usar a roupa igual e é olhado de lado. Alguém que não faz a saudação e é proibido de entrar num espaço público. A Onda cresce, o temor também.
Filme alemão a olhar sobre os perigos de se esquecer o passado, a facilidade com que tudo pode voltar.
Tenebroso a espaços, inteligente, A Onda sofre apenas com o tempo que dura. O projecto escolar só vai de segunda a sexta, demasiado rápido para tanta mudança, demasiado curto para que se sinta o perigo na pele.
Mas a mensagem fica lá. Começa sempre assim, pequeno, um passo aqui, um sussurro ali, até que nos vemos submergidos por algo assustador e ao mesmo tempo tão confortante, tão certo, tão quente, tão sedutor...

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Hunger

Toda a gente conhece Steve McQueen, mas ninguém conhecia Steve McQueen até este Fome. O motivo é simples, são duas pessoas diferentes. O primeiro é o ícone cool do cinema americano dos anos 60 e 70, o segundo é um inglês negro nascido em londres nos anos 60, que tem aqui a sua estreia como realizador e argumentista.
Durante o final dos anos 70, iníco dos anos 80, os prisioneiros do IRA exigiam estatuto político, recusavam-se a ser tratados como prisioneiros comuns, criminosos, argumentando que os seus actos tinham uma justificação política, uma guerra em prol da libertação da Irlanda do Norte. Inglaterra, com Thatcher no poder, não podia ceder a estas exigências, não podia reconhecer o IRA como guerreiros em defesa do seu país.
Fome narra os acontecimentos no The Maze, prisão onde estão os membros capturados do IRA, que durante mais de quatro anos fizeram uma greve à roupa e ao banho. As condições de vida destes prisioneiros, absolutamente animalescas, é retratada de forma brutal, focando-se nas últimas seis semanas de vida de Bobby Sands, lider de um grupo que iniciou uma greve de fome para conseguir vencer esta luta.
McQueen realiza um filme impressionante na maneira como lida com todas estas questões. Directo nas imagens, constroi uma tensão quase insuportável, com base em pormenores. Um olhar, uma ferida na mão, uma racha no tecto, uma luz que se apaga, a neve que cai. No entanto não se perde apenas por divagações imagéticas, desenvolve uma história que não toma partidos, não demoniza os ingleses nem glorifica os irlandeses, sofre e faz-nos sofrer com uma teimosia que nos ultrapassa, uma luta sem tréguas, já não pela liberdade, já não pela independência, mas pela cor de uma peça de roupa, por uma afirmação de orgulho nacional, pela certeza do caminho que se segue, quer de um lado, quer do outro.
Fome é um murro no estômago, mas é uma estreia muito promissora de um jovem realizador que tem muito para contar.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Oscar Nominations

The Curious Case Of Benjamin Button com 13 nomeações é o filme mais nomeado na cerimónia. Slumdog Millionaire, vencedor de 4 Globos de Ouro, entre os quais Melhor Filme/Drama ficou com 10 nomeações. Milk com 8, Frost/Nixon com 5 e The Reader com 5 também, completam a lista de candidatos à estatueta de Melhor Filme do Ano.
Na lista dos mais nomeados encontramos The Dark Night, provável vencedor do Oscar de Melhor Actor Secundário para Heath Ledger, com 8 nomeações, e Wall-E com 6, nomeado para Melhor Filme de Animação.
Doubt leva 5 nomeações, Melhor Argumento Adaptado e os restantes para o elenco, mas falha Melhor Filme e Melhor Realizador.
Defiance, Revolutionary Road, The Wrestler, Changeling e Gran Torino encontram-se entre aqueles que ficaram aquém das espectativas, mas num ano de tanta qualidade é difícil chegar a todos.

Lista completa em www.oscar.com


Hoje é daqueles dias em que devia ficar em casa só pelo princípio da coisa!

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Changeling

Há pessoas que quando envelhecem se transformam, apuram, atingem o seu estado máximo.
Clint Eastwood é um desses casos. O seu talento como realizador cresce a cada ano, a cada filme que faz. O seu charme pessoal também.
A Troca é o último filme de Eastwood a chegar às salas portuguesas. Conta a história verídica de uma mulher, nos anos 20 em L.A., cujo filho desaparece. Meses mais tarde a polícia entrega-lhe uma criança, mas a mãe afirma que aquele não é o seu filho. Entra então numa luta desesperada contra uma corporação corrupta que controla a cidade.
Perfeição e contenção são as duas palavras que me vêm à cabeça quando penso em A Troca. Misto de melodrama com filme político, constrói-se passo a passo, fugindo do facilitismo dramático, com uma perícia, uma mestria notável. Eastwood guia-nos num labirinto por vezes inacreditável de eventos, cria-nos dor, tristeza, esperança, angústia, constrói as suas situações e personagens num misto de coragem e força, conseguindo até levar-nos a um pleno de ambiguidade moral e humana.
Tudo é construído no tom e no ponto exacto, da representação (magnifica performance de Angelina Jolie) aos cenários, figurinos, ao fabuloso trabalho de luz, à reconstrução de época (perícia técnica e artística a escorrer pelas paredes), acabando na suave banda sonora da responsabilidade do próprio Eastwood.
É daqueles filmes que nos faz reencontrar com o cinema como arte, como indústria, como entretenimento. É daqueles filmes que faz com que todas as horas em frente ao ecrã prateado valham a pena.
Imperdível.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Música da Semana

Terça-feira, dia de mudar de música aqui no Sopros. Para esta semana uma canção dos Super Furry Animals, que conheci pela primeira vez em Snow Cake, filme terno com Sigourney Weaver.
Para gozar, em casa, à lareira, num dia de chuva...

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Australia

Baz Luhrmann regressa ao leme de um filme oito anos depois de Moulin Rouge, de novo com Nicole Kidman no papel principal, ao lado de Hugh Jackman. Uma super-produção, apoiada em grande parte pelo governo australiano, um épico que serviria de postal ilustrado ao continente.
Kidman é uma aristocrata inglesa que vai até à Austrália atrás do marido. Ele está a lutar para salvar uma propriedade que lá tem, mas ela está convencida que ele apenas lhe fugiu para arranjar outra mulher. Ao chegar descobre o marido morto, um barão da carne que quer comprar a quinta para acabar com a concorrência, um homem do campo que guia manadas e se mete em sarilhos(Hugh Jackman) aborígenes mágicos e todo um país para descobrir.
Filmes como Austrália já não se fazem. Não digo isto com qualquer tipo de nostalgia, pura e simplesmente o tipo de ingenuidade que Luhrmann incrivelmente exibe já não se vê. Este mundo de preto e branco, bons e maus, parece saído do Feiticeiro de Oz, filme aliás mencionado em Austrália. A comédia slapstick despropositada, os personagens planos, as situações sem qualquer nível de interpretação, até a própria prestação dos actores, cabotina e exagerada, parece saída de um filme dos anos 30.
O filme foi um fracasso, dificilmente recuperará os 130 milhões que custou, e a culpa é de Luhrmann, que mistura géneros, conflitos e temas, sem nunca aprofundar nenhum deles, olha para as situações com um simplismo (não confundir com simplicidade) exagerado e é de uma piroseira atroz. Aquilo que em tempos foi visto como a revisitação de um kitsch retro, revela-se apenas como uma falta de gosto que é já imagem de marca do realizador.
Verdade seja dita, o filme tem um ritmo interessante, apesar de ter quase 3 horas de duração, passa sem deixar mossa, não se sente o tempo na pele.
Para fãs...

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Yes Man

Ir ao cinema sozinho faz com que as escolhas não sejam por vezes as mais inteligentes. Não queria queimar filmes bons sozinho e portanto arrisquei o Jim Carey, neste Sim.
Um homem sozinho resolve fugir da vida depois da namorada ter acabado com ele. Diz que não a tudo e passa as noites sozinho em casa a ver filmes.
Um dia resolve ir a um seminário que nos ensina a dizer Sim. Desde esse dia diz sim a tudo, desde sexo com uma idosa a dar o dinheiro todo que tem a um pobre.
A quantidade de situações imbecis sucedem-se ao ritmo previsto, até que o nosso herói aprende que só deve dizer que sim a algumas coisas, o que não deve é dizer que não a tudo.
Moral de pacotilha, humor de vão de escada, Carey a fazer as velhas caretas.
Nada de novo, tempo perdido e uma enorme sensação de desperdício.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

The Day the Earth Stood Still

A falta de imaginação no mainstream americano começa a ser demasiado evidente. As sequelas abundam e, nos últimos anos, os remakes entraram na moda.
O Dia em que a Terra Parou é um remake de um clássico de ficção cientifica de Robert Wise, revisitado mais de 50 anos depois.
Não conheço o original, mas esta nova aposta da Fox é de uma mediocridade assombrosa.
Um ser alienígena toma aterra no nosso planeta (com o corpo do Keanu Reeves) para nos avisar da destruição iminente da Terra. Os seres humanos, burros que nem portas, fazem tudo para que esta se concretize. Estes extra-terrestres, que nos estudam há vários anos, decidiram que não merecemos viver porque estamos a destruír o terceiro calhau a contar do Sol e isso é inadmissível. O processo começa até que o nosso simpátivo E.T. conhece a Jennifer Connely e decide que afinal merecemos uma segunda oportunidade. Não contesto que a moça é um motivo tão bom como qualquer outro para evitar o massacre de toda uma espécie, mas parece-me que as inteligências superiores afinal não pensaram no assunto com tanto cuidado quanto isso.
O resto são efeitos especiais desnecessários e muito barulho para nada.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Jantar Mistério

Os Hipócritas, o meu grupo de teatro, estão a organizar jantares-mistério. De Janeiro a Março, um por mês. O primeiro é já a 31 de Janeiro, seguidos de 28 de Fevereiro e 21 de Março. Estamos abertos a fazer novas datas para grupos, aniversários, casamentos e funerais (como o Bregovich) O preço por pessoa são 30€ com tudo incluído.
Fizemos um jantar de teste que correu muito bem. Estão abertas as inscrições para os próximos 3 jantares. Para qualquer dúvida enviem-me um mail para soprosdimproviso@hotmail.com
Há interessados?
Vão ser noites bastante interessantes...

(Na imagem a data está errada... é um convite antigo... mas vá...)

terça-feira, janeiro 13, 2009

Música da Semana

Foi a Marta que me apresentou a Les Elles, já lá vai mais de uma década. Desde então que tento encontrar a música destas senhoras francesas que desapareceram do mapa ao fim de 3 cds e cujo trabalho normalmente só se encontra à venda por um balúrdio (cheguei a ver quem pedisse 40€ por um único álbum).
A busca chegou ao fim este ano, dois cds a um preço decente. Ainda agora estou a começar a descobrir as complexas sonoridades de uma banda nada óbvia, que mistura melodias dispares e letras invulgares, pequenas histórias à boa moda francesa.
Para esta semana foi difícil escolher um tema. Ficou Quand Je S'rais Vieille, o terno sonho de uma velhice.

Quand je s'ras vieille
Je serai trés belle
Et j'aurai beaucoup d'amants
Toi tu m'attendras patiemment
Quand on est vieux on comprend tout
Quand on est vieux on a le temps

Toutes mes rides comme des petites fliches
Perceront le coeur les yeux
De ceux que je voudrai seduire
Dites vous que je f'rai plir
De jalousie les jeunes filles

J'entendrai les anges chuchoter
C'est la dernire caresse
Profite bien profite bien

segunda-feira, janeiro 12, 2009

O drama da época dos prémios

É sempre a mesma coisa, começa o ano e a época dos prémios cinematográficos arranca em força, culminando com os Oscares em Fevereiro. Este ano a lista de filmes com potencial é imensa, e pelo que me foi possível perceber, é um ano de luxo!
O único problema, falta de tempo para tanto cinema!


Slumdog Millionaire
O último filme de Danny Boyle (Trainspotting) conta a tocante história verídica de um rapaz de rua indiano que venceu o Quem Quer Ser Milionário? Cada passo da sua vida é uma pista para a resposta. Para já levou 4 Globos de Ouro, entre os quais Melhor Filme Drama.


Changeling
Se alguém ainda tinha dúvidas desfaça-as. Clint Eastwood é um dos maiores realizadores da actualidade. Changeling (A Troca) conta a história verídica de uma mãe (Angelina Jolie) em busca do filho desaparecido contra uma corporação de polícia corrupta. É absolutamente genial!


Gran Torino
Clint Eastwood não se contenta com um grande filme por ano. Precisa de dois. Esta história de um ex-soldado da coreia, velho e racista que se vê a ajudar a familia de coreanos que vive ao seu lado tem dado que falar. E no box office americano chegou a primeiro lugar esta semana.


Doubt
Vi em palco no Maria Matos esta peça vencedora do Pulitzer. Desiludiu-me. Agora tenho Phillip Seymour Hoffman em vez de Diogo Infante e Meryl Streep em vez de Eunice Muñoz. O texto é muito bom, dos actores nem se fala e o realizador é o dramaturgo e argumentista. Promete muito.


The Wrestler
O regresso de Mickey Rourke com um drama sobre um lutador acabado. A sua performance já lhe valeu um Globo de Ouro. As críticas têm sido positivas.


Vicky Christina Barcelona
O último Woody Allen é sempre um filme que quero ver. Aqui com Javier Bardem e Penelope Cruz em grande forma.


The Curious Case Of Benjamin Button
À primeira vista esta conto sobre um homem que nasce velho e vai ficando cada vez mais novo conforme o tempo passa seria um par perfeito para Tim Burton. Quem pega no elme é David Fincher, e o argumento está nas mãos de quem já nos deu O Informador, Munique ou Forrest Gump. Está tudo dito...


The Reader
Já tinha adaptado um livro ao cinema com sucesso, As Horas. Agora Stephen Daldry junta-se ao mesmo argumentista que adaptou essa obra para adaptar este The Reader, um drama intenso sobre o julgamento de uma mulher dos SS. Kate Winslet levou um Globo de Ouro para casa aqui.


Rachel Getting Married
Jonathan Demme deu-nos O Silêncio dos Inocentes. Agora regressa com um tema completamente diferente, a história de uma mulher que passou 10 anos em reabilitação e que vem passar um fim de semana a casa para o casamento da irmã. Ao que tudo indica intenso e tocante.


Revolutionary Road
Sam Mendes já nos deu o brilhante Beleza Americana e regressa agora à vida quotidiana da América suburbana emparelhando Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. Ela levou o seu segundo Globo de Ouro para casa com este papel. Promete.


Defiance
Edward Zwick já nos habituou a épicos sólidos, foi assim com Glory, com Last Samurai e com Blood Diamond. Com este passado não há como não aguardar por Defiance, com Daniel Craig, uma história pouco conhecida de resistentes judeus durante a Segunda Guerra Mundial.


Frost/Nixon
É considerado um dos candidatos mais fortes aos Oscares este filme de Ron Howard (A Beautiful Mind, Cinderella Man) sobre a decisiva entrevista que David Frost deu a Richard Nixon. Um drama levado em ombros pelos dois actores principais Frank Langella e Michael Sheen. Escrito pelo autor de The Queen.


Milk
Gus Van Sant e Sean Penn são por si só motivos para ir ao cinema. Num filme sobre o primeiro politico gay a ser eleito numa altura de luta pelos direitos dos homossexuais, mais ainda. Com Sean Penn a ser falado como candidato ao Oscar...


The Visitor
Tem sido uma constante nas listas de nomeados dos prémios até agora. Sem grandes vitórias mas sempre uma referência. A história de um professor apagado que cria laços com um casal de emigrantes ilegais tem tudo para funcionar.


Valkyrie
Prémios não ganha, até porque Tom Cruise agora caiu um pouco em desgraça. Mas a história da tentativa falhada de assassinar Hitler está na minha lista para ver.


Happy-Go-Lucky
Mike Leigh de volta. Para mim é tudo o que preciso saber.



Last Chance Harvey
Uma leve comédia dramática sobre um homem que vai ao casamento da filha para lhe ser dito que ela quer que seja o padrasto a levá-la ao altar. Nada de muito especial. Depois vemos Dustin Hoffman e Emma Watson no filme, ambos nomeados para Globos de Ouro pelos seus papeis. E só isso já valia o bilhete.


Esta pequena lista é apenas uma amostra de tudo o que quero ver. Podiamos juntar aqui o Fome, o 4 Noites com Ana, o Il y a longtemps que je t'aime, o Veneno Cura e muitos mais... mas o tempo... o tempo não estica...

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Frases Soltas

No Metro:

"O melhor é sentar-me senão fico de pé..."

E embrulha!

Madagascar: Escape 2 Africa

Eu já não era propriamente fã do primeiro Madagáscar. No que toca a animações fica a milhas do humor irreverente de Shrek, da emoção de Nemo, da aventura dos Incríveis, da criatividade de Ratatouille, da ternura de Wall-E e a lista podia continuar.
Tecnicamente irrepreensível este Madagáscar 2, tal como o seu predecessor, vive basicamente de uma construção de personagens interessante, reencontramos o leão vedeta, o zebra divertido, a hipopótamo com atitude e o girafa hipocondríaco a que se juntam os incontornáveis pinguins.
O problema é que depois parece que ninguém sabe muito bem o que fazer com este grupo maltrapilho. Criam-se situações desconexas, forjam-se ligações pouco sólidas, aglutinam-se piadas inconsistentes e o tempo passa. Não é que o filme seja mau, na verdade o tempo passa lesto, mas parece que a falta de imaginação ou sequer de uma história para contar está cada vez mais patente na série.
Querem um grupo improvável? O melhor é visitar a Idade do Gelo.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Palhaços


Assim como assim de repente o homem vive. Raramente o vejo, foi por isso uma agradável surpresa receber um telefonema do Tiago na terça.
Um grupo de estudantes do conservatório de cinema vai fazer uma curta como trabalho de faculdade onde o Tiago ia entrar como actor. Por causa da mudança das datas de rodagem ele ficou sem poder participar e deu o nome de duas pessoas que achava serem hipótese para o substituir. Eu fui uma delas. Fiquei contente por falar com ele e mais ainda por se ter lembrado de mim para o projecto.
Ontem fui ter com o grupo para o conhecer, alguma conversa e um casting onde fizemos a curta quase toda.
Dois palhaços, um mais novo, outro mais velho e uma relação que se cria em apenas 3 minutos.
Gostei do grupo, gostei da forma como o realizador dirigia, muito novo, mas seguro daquilo que queria e claro na forma como o transmite.
Foi hora e meia antes do ensaio da peça. Esse durou até perto da meia noite.
Cheguei a casa cansado, mas feliz.
Não sei se faço a curta ou se escolhem o outro actor, agora não é importante, mas aquelas 5 horas ao fim do dia, com diferentes pessoas, diferentes personagens, várias abordagens, sem tempo sequer para jantar revitalizaram-me.

É nestes momentos que noto como representar me preenche, me entusiasma, me anima e a incrível falta que me faz...

quarta-feira, janeiro 07, 2009

A Saga da Família Ernesto

Ernesto é um super-caracol de corrida que se mudou para o meu pequeno pátio traseiro. Foi adoptado e baptizado. O super-caracol, para além de uma casca impecável, conseguia atravessar os dois metros que separam a porta da rua do muro em apenas uma hora.
Pois que o Ernesto se sente em casa e começou a esburacar o local. Ao princípio vimos apenas a casca rodeada de terra. Pensámos que tinha morrido. Engano. O Ernesto quer ser pai... e mãe. O buraco está cheio de ovos, pequenas bolas brancas tipo esferovite. 20 a 50 mini-Ernestos preparam-se para invadir a minha pacata casa.

É sempre assim, dá-se uma mão querem um braço. O super-caracol está a abusar da nossa hospitalidade. Vejo-me forçado a fazer um aborto em massa e uma recolocação estratégica do nosso amigo.

É pena, mas não estou preparado para aumentar a família desta maneira...

terça-feira, janeiro 06, 2009

Música da Semana

O que posso por aqui para abrir o ano? Pensei em várias alternativas, músicas com um significado especial, músicas bem dispostas, diferentes, poderosas, marcantes...

Vou-me deixar de tretas, hoje abrimos o ano com uma música familiar. Na verdade sempre que ouço esta valsa não consigo não sorrir...

segunda-feira, janeiro 05, 2009

De volta

Ano novo vida na mesma, como sempre aliás, que não será nenhuma página de calendário que terá poderes mágicos para fazer uma qualquer revolução. Passagem de ano em festa, grupo pequeno mas divertido, com o fogo de artifício tapado pelos prédios num miradouro de onde pouco se mirou a não ser os sorrisos de quem lá estava. Férias para recarregar baterias, força para um ano que se prevê complicado, sem tempo para respirar sequer.
Novidades? Um novo elemento lá em casa. Chama-se Ernesto, é um super caracol de corrida e adoptou o nosso pátio como nova casa para ele e para a família.

Estou de volta, bom ano, até já...