quarta-feira, janeiro 28, 2009

The Curious Case of Benjamin Button

Nomeado para 13 Óscares e um dos óbvios candidatos a vencedor da noite, O Estranho Caso de Benjamin Button, é o último filme de David Fincher, realizador que nos trouxe o soberbo Seven - Sete Pecados Mortais, Fight Club, Sala de Pânico ou Zodiac. Esta é portanto uma mudança de rumo no estilo de cinema a que Fincher nos tem habituado. O resultado é muito bom.
No dia em que se comemora o fim da Primeira Guerra Mundial, uma criança nasce, matando no parto a mãe. O seu aspecto horrível e a dor da perda da mulher leva a que o pai o abandone à porta de um lar de idosos. A criança parece um velho em fim de vida. Cedo se descobre que envelhece ao contrário, com o passar dos anos vai ficando com um aspecto cada vez mais jovem.
O Estranho Caso de Benjamin Button é o típico filme adorado pela Academia. Grandes valores de produção, uma história bem contada, bons actores, tocante, inteligente e suficientemente consensual para não ofender ninguém.
É sem dúvida um grande filme. O argumento de Eric Roth (o mesmo argumentista de Munique, Forrest Gump e O Informador) é muito bem construído, um misto de drama humano com épico, emocional (quem tem tendência para chorar em filmes é melhor levar lenços).
Tecnicamente é irrepreensível, principalmente nos efeitos que mostram o rejuvenescimento de Brad Pitt. O trabalho de maquilhagem é dos melhores que tenho visto, do mais óbvio (a cara velha de Pitt) ao mais discreto (a gordura nas costas de Cate Blanchett ou a falta de rugas num Pitt de 18 anos).
O trabalho do elenco não tem mácula, apesar de me parecer exagerado a nomeação para o Oscar de Brad Pitt.
O Estranho Caso de Benjamin Button fica apenas a um passo da genialidade. Com todos os seus méritos falta-lhe apenas o toque de imprevisto, aqueles momentos que nos deixam de boca aberta e transformam completamente a experiência cinematográfica (vide A Troca).
Feito este reparo, vão ao cinema e deixem-se levar por um terno Benjamim...

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