Novo personagem nas lides dos pedintes subterrâneos a entoar as suas mágoas a um público indiferente: Senhôrannn e senhorêêêsss, disculpá moléstia por fávor..... Sou uma pobre refugiada da Bósni, Sáraiév... Nã tenhu casa, nã tenh dinhêro, não tenh nade...
E assim continua pedindo uma moedinha. Todos os dias retoma a mesma lengalenga, mas não se limita a repetir as palavras, entoação e tom. Ela realmente canta, com um bébé ao colo, levanta a cabeça como se fosse a Amália, coloca uns olhos terrivelmente suplicantes e canta.
Hoje houve novidade, mal começou foi acompanhada por uma segunda voz, bem mais fina e inocente, que fez com ela parelha, uma criança que não tinha mais de sete ou oito anos reproduzia letra por letra, nota por nota, a ladaínha suplicante, nuns jograis macabros, sem direito a aplauso, mas com direito a cachet.
terça-feira, agosto 29, 2006
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1 comentário:
ainda há coisas que por muito que sejam repetições com pequenas diferenças, nos apertam o peito...
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