segunda-feira, outubro 22, 2007

1408

Adaptações de Stephen King ao cinema são mais que muitas, a maioria não merece o esforço de abrir os olhos para as ver. Desta vez com John Cusack e Samuel L. Jackson, resolvi dar-lhe uma hipótese.
Um escritor de livros de fantasmas anda pelo país a visitar hoteis assombrados para acabar a sua mais recente obra. Ele é um céptico, até que chega ao Dolphin Hotel em Nova Iorque e, contra os avisos do gerente, insiste em ficar no quarto 1408.
A permissa é mais que velha. Casas, quartos e hoteis assombrados não são proprimamente novidade, mas 1408 consegue construir um clima tenso e pregar um ou outro susto. O problema é que rápidamente se perde. Transforma-se num tanto faz, com o quarto a mudar a cada dez segundos, a acontecer as coisas mais espalhafatosas, sem nexo, perdendo-se o clima de tensão, de medo, rodeado de um tédio que se instala enquanto que o sub-aproveitado Cusack é atirado de um lado para o outro sem dó nem piedade. Quando chega ao fim sai-se da sala com um sabor estranho na boca, uma sensação de tempo perdido e pouco mais.

1 comentário:

polegar disse...

fui ver com as expectativas muito em baixo, se calhar por isso não fiquei muito desiludida. não me aqueceu nem arrefeceu.
se o mundo fantástico do King, na minha opinião, vive muito melhor nos livros, tenho um ponto positivo para o filme:
o próprio do Cusack, que se aguenta ali à bomboca - o filme é praticamente só ele, e não é fácil aquele monólogo do susto, do medo e da incredulidade.

isso e uns apontamentos de "humor" no início, como a cena do chocolate e do papel higiénico. ainda me deu para um par de gargalhadas. não sei se abona muito em favor do filme "do terror", mas caiu-me no goto, que dizer.