quarta-feira, maio 21, 2008

Shine a Light

O que chamar a Shine a Light? Não é um documentário sobre a vida dos Stones, se bem que tem imagens documentais, não é um documentário sobre a preparação de um concerto, se bem que esssas também estão presentes, não é um concerto filmado, se bem que, na verdade, o é.
Shine a Light é uma experiência cinematográfica acima de tudo. Durante a Bigger Band Tour os Rolling Stones fazem dois concertos em Manhattan, no Beacon Theatre, num ambiente mais intimista, próximo, privado. Com uma série de convidados e uma energia que parece inesgotável ao fim de quatro décadas de carreira, são entregues nas mãos de Martin Scorsese, que com a mestria habitual nos dá uma experiência singular, mesmo para quem não é fã da banda. Não há engano a ter, ali só há cinema, a música, o concerto, até os Stones, fazem parte do cinema, tal como qualquer outro filme, musical ou não. E de cinema não há quem mais perceba do que o realizador nova-iorquino. Sabendo isto, e sabendo que não ia poder ter o controlo absoluto sobre cada imagem (apesar de artilhar o Beacon Theater como se fosse um estúdio de gravação), conseguiu que os seus operadores de câmara fossem directores de fotografia, muitos dos quais oscarizados. O olhar desses homens ia ser o seu, a decisão no instante faz toda a diferença, o resultado é que Shine a Light é uma obra visual, sonora, sensorial intensa.
A não perder.

2 comentários:

morfose disse...

Deve ser fabuloso. Estou ansiosa por ver.

Vim aqui parar através do Polegadas, in case you're wondering...

MPR disse...

Welcome, espero que voltes.