sexta-feira, abril 11, 2008

Precisa-se


Foi ontem a festa Precisa-se no bar Mini-Mercado em Santos, apresentada pelos Hipócritas, onde diversos performers estiveram a animar a noite até às 3 da manhã.
O meu personagem, um poeta apaixonado à procura do amor da sua vida. Foi uma experiência única, com as suas falhas em termos globais de espectáculo, mas que pessoalmente valeu pelo incrivel teste que foi como actor, e pelo enorme gozo que me deu em participar.
Durante toda esta semana estive nervoso a pensar no dia de ontem, nervoso pela falta de ensaio, mas principalmente nervoso pela falta de rede. Afinal foram quase 4 horas, em pé, sem texto, nem uma quarta parede que nos segurasse. A interacção com o público e o improviso fazem com que cada momento seja único, e por muito que tentemos controlar a situação, em qualquer altura tudo pode desmoronar-se. A adicionar a isto, foi-nos dado segunda-feira o nosso personagem e a mecânica base em que desenvolveria, mas tudo o resto, até à mini-performance que entretanto cada um de nós desenvolveu no centro do bar (momento mais fraco da minha noite), era da nossa responsabilidade. 3 dias para desenvolver um personagem coerente, interessante, e que entretesse as pessoas, que me permitisse interagir e defender-me de tudo o que pudesse aparecer. Estava com medo.
Foi bom. Deu-me outras armas, outro jogo de cintura, a possilidade de representar (o que é SEMPRE bom) e a ligação às pessoas dá uma adrenalina imensa.
Venha a próxima...