Cassandra's Dream
Woody Allen está de volta. É a sua terceira aventura inglesa, depois de 30 anos a ser o realizador de Nova Iorque, apaixonado pela big apple, está agora rendido aos charmes britânicos. Talvez seja pelo fracasso no box-office que os seus filmes têm tido desde há algum tempo nos EUA, salvando-se apenas na Europa.
Match Point foi um marco. Não só inaugurou esta nova fase da carreira do realizador, como era em si um filme extraordinário. O Sonho de Cassandra parece ser um pedido de desculpas pela teoria defendida em Match Point.
Dois irmãos com problemas financeiros resolvem matar um homem a pedido de um tio rico, que os recompensa generosamente.
A culpa. O tema central de O Sonho de Cassandra é a culpa, a linha que se atravessa entre o bem e o mal, e as consequências de a atravessar. Era já um dos temas de Match Point, mas enquanto que nesse filme era abordada de uma perspectiva intrigante (a sorte como o factor fundamental que decide o nosso caminho na vida), aqui é quase um regresso aos clássicos. O Sonho de Cassandra é uma tragédia clássica, grega, com os temas e construção de uma tragédia grega, mas com a working class inglesa como pano de fundo. O problema é que o filme nunca é cativante, especialmente bem filmado ou inteligente, o tempo passa sem grande problema, mas também sem grande brilhantismo. Ewan McGregor e Colin Farrell fazem os respectivos papeis em modo automático (Farrell tem duas caras apenas, sobrancelhas levantadas em sofrimento, ou sobrancelhas para baixo).
No final de contas é melhor que a média do que se costuma encontrar pelas salas, mas um Woody Allen nitidamente menor.
Match Point foi um marco. Não só inaugurou esta nova fase da carreira do realizador, como era em si um filme extraordinário. O Sonho de Cassandra parece ser um pedido de desculpas pela teoria defendida em Match Point.
Dois irmãos com problemas financeiros resolvem matar um homem a pedido de um tio rico, que os recompensa generosamente.
A culpa. O tema central de O Sonho de Cassandra é a culpa, a linha que se atravessa entre o bem e o mal, e as consequências de a atravessar. Era já um dos temas de Match Point, mas enquanto que nesse filme era abordada de uma perspectiva intrigante (a sorte como o factor fundamental que decide o nosso caminho na vida), aqui é quase um regresso aos clássicos. O Sonho de Cassandra é uma tragédia clássica, grega, com os temas e construção de uma tragédia grega, mas com a working class inglesa como pano de fundo. O problema é que o filme nunca é cativante, especialmente bem filmado ou inteligente, o tempo passa sem grande problema, mas também sem grande brilhantismo. Ewan McGregor e Colin Farrell fazem os respectivos papeis em modo automático (Farrell tem duas caras apenas, sobrancelhas levantadas em sofrimento, ou sobrancelhas para baixo).
No final de contas é melhor que a média do que se costuma encontrar pelas salas, mas um Woody Allen nitidamente menor.
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