quarta-feira, junho 04, 2008

Indiana Jones and The Kingdom of The Crystal Skull

Indiana Jones é daqueles nomes que, mais que um filme ou um personagem, é já um icone, um simbolo cultural, uma marca de créditos confirmados. Ninguém desconhece a silhueta com o chapéu, o chicote, e a famosa música de John Williams. Os resultados no box-office deste filme de uma série que começou há mais de um quarto de século, estão a ser impressionantes, arrastando miúdos e graúdos para as salas em quantidades colossais.

Eu não podia deixar de ir ver o último Indiana Jones, desse lá por onde desse. Mas as expectativas sairam um pouco goradas.

O filme segue pelas mesmas linhas gerais dos anteriores, é inclusivé recuperada a personagem de Marion de Os Salteadores da Arca Perdida, e o armazém onde, no fim desse filme, a arca é depositada. Os vilões agora já não são nazis, o tempo passou e os russos tomaram o seu lugar, mas na verdade é um pouco indiferente. São personagens de papel, para Indy descartar conforma avança selva adentro.
Está lá tudo, a acção, a irreverência, as piadas leves, as cidades perdidas, os mapas, a selva, os bons e os maus, mas parece tudo montado sem grande vontade, uma revisita feita de pedaços que se coordenam em piloto automático. Na verdade, se olharmos para a história com atenção, há mais ligações ao recente National Treasure com Nicolas Cage, do que aos Indiana Jones originais.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é uma caça ao tesouro, onde os personagens andam daqui para ali, pista após pista, sem se perceber muito bem porquê, com uma teoria da conspiração velha como as pedras, personagens redundantes e acções inconsequentes.

O tempo passa sim, os efeitos especiais são bons, Jones continua charmoso, mas o melhor mesmo é ir para casa, baixar a luz, levantar o som, e pôr no DVD qualquer dos três filmes originais.

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