Little Miss Sunshine
Little Miss Sunshine é o último filme da nova vaga do cinema independente americano. Realizado por uma dupla - Jonathan Dayton e Valerie Faris - que, apesar de ser esta a sua primeira longa-metragem, tem construido um extenso reportório no meio dos video-clips e da publicidade.
Com um titulo em português absolutamente horrivel (Uma Familia à Beira de um Ataque de Nervos), é mais uma comédia na linha de A Lula e a Baleia ou Eu,Tu e Todos os Que Conhecemos, sem portanto trazer grande surpresa nem no estilo, nem no tema - a história de um grupo de inadaptados, com uma vida mais ou menos patética, neste caso uma familia alargada com histórias pessoais pelo menos invulgares.
A súbita participação da filha mais nova num concurso de beleza chamado Little Miss Sunshine, é o pretexto para uma viagem numa velha carrinha Volkswagen através do país.
O que separa este filme dos seus similares é o tom verdadeiramente marcado de comédia, com o já tradicional toque de amargura, mas sem resvalar (salvo uma exepção) para o ridiculo.
É um filme de actores, e desde Greg Kinnear até à pequena Abigail Breslin (absolutamente fantástica na sua composição) os actores estão lá e não desiludem.
Não é novidade, mas é uma comédia bem conseguida, tocante por momentos, divertida com o seu toque de estranheza e de crua realidade. Para quem fez vida nos video-clips é uma escolha inesperada para começar carreira no cinema, mas sólida, bem filmada, com noção de tempo cómico, e até - a espaços - com uma utilização interessante do ecrã largo.
Merece a visita para uma hora e meia bem passada.
1 comentário:
told ya!
em vez do mísero título em português devia ser "a viagem do pão de forma amarelo recheado de gente real suburbiana" ;)
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