The Dead Girl
Segundo filme da realizadora Karen Moncrieff, The Dead Girl conta a história de cinco mulheres que estão de alguma forma relacionadas com uma rapariga morta, assassinada, que é descoberta numa quinta.
Este não é mais um filme ao estilo Magnólia, não é mais um mosaico de gente que por alguma coincidência incrível vê as suas vidas entrecruzarem-se num registo tragi-cómico. São cinco pequenos episódios estanques, cinco mulheres que vivem momentos de angústia, desilusão, dor, separação, tendo como fundo esta morte que paira sobre elas. Moncrieff mostra ter tudo para ser uma grande realizadora no futuro, uma grande autora de filmes, ponhamos assim. Tem aqui uma obra de um cuidado, uma inteligência na escrita, nas personagens que introduz, e na forma como nos guia na descoberta de cada um. Magistral a utilização da luz e da sombra, da composição da imagem e como, com um retrato, um gesto ou uma fala, desvenda toda uma situação, um personagem, o seu passado, temores e sonhos. É preciso dar especial destaque ao conjunto de actrizes que servem esta fita. Sem nenhuma vedeta, apenas segundas linhas do cinema americano, mas todas escolhas perfeitas e com performances dignas de aplauso.
Um filme intenso, provavelmente o melhor que está neste momento em cartaz em Lisboa.
1 comentário:
Sim, talvez seja o melhor filme em cartaz neste momento... Passei uma grande parte do filme a tentar lembrar-me de onde conhecia a rapariga da primeira cena, a que encontrou a rapariga... até que se fez luz: era a mãe da "Little Miss Sunshine". :) O encadeamento está muito bom, muito simples e intenso.
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