quinta-feira, abril 24, 2008

The Bucket List

Rob Reiner não é um génio, mas é conhecido por fazer o tipo de filmes que são a base da indústria, entertenimento puro, sem ser brilhante, mas sem comprometer.
Nunca é Tarde Demais é o seu último filme, junta dois monstros do cinema actual numa história que se adivinhava previsível. No entanto, só para ver Nicholson e Freeman a actuar já vale o preço do bilhete.
Ao ver o trailer do filme fica-se a conhecer toda a história, de uma ponta à outra, sem surpresas nem sobressaltos, pode-se dizer que Nunca é Tarde Demais é um trailer de hora e meia. Os dois actores fazem aquilo que sempre fizeram, relativamente bem, mas em modo de piloto automático, Nicholson no seu over-actin caraterístico e Freeman no seu under-acting habitual. Nada de mal até aqui. O problema é que lá por um filme ser leve, divertido e sem despretensioso, não significa que seja banal ou desinteressante. Este filme usa todos os lugares comuns imagináveis, arrasta-se sem um pingo de imaginação ou criatividade, sem uma surpresa por mais pequena que seja, sem nada que não seja o expectável, feito de forma igual a milhares de outros filmes ao longo dos últimos cem anos. Não chateia, é verdade, e puxa à habitual lagriminha no final, mas para lição de vida é apenas mediana e sonolenta... Quer o realizador, quer qualquer um dos actores, já fez, de longe, filmes comerciais muito mais interessantes...

1 comentário:

paula. disse...

:-)
Não podia deixar de dizer que concordo em absoluto; foi exactamente isso que senti quando terminou o filme.
Confesso que, ingénua, esperava (tão) mais daquele "dueto" ...