quinta-feira, outubro 02, 2008


O ensaio não correu da melhor maneira, ainda não temos os actores todos, o texto está leeeeeeento, e tudo muito pouco oleado. Inesperadamente ouvi algo que me levou para casa com um sorriso.
Conversava com o Mário, ele estava a enrolar um cigarro, quando um negro, enorme, com uma garrafa na mão, se aproximou de nós e lhe cravou um cigarro.
Vocês têm um pais com tudo para funcionar, dizia ele, fui ao Algarve e PORRA, vocês têm um clima porreiro sitios bonitos, porque é que não funciona?

Foi então que, já a fumar o tabaco de enrolar, ele diz: lembrem-se da minha cara, eu sou feio, mas o vosso primeiro-ministro é bonito... e o Cavaco, ele também é bonito!

Risos, apesar de bêbado, ele não estava a gozar, o Cavaco é bonito, gostos não se discutem.

Apertos de mão, cumprimentos e boa noite, que a hora é avançada e amanhã é dia de trabalho. Acho que não me vou esquecer da cara dele, apesar de ter a certeza que ele cinco minutos depois já não se ia lembrar da minha.

A subir a rua do Século não consegui deixar de sorrir... o Cavaco é bonito... aí está algo que não se espera ouvir no Bairro a meio da noite... ora aí está algo que nem a Maria Cavaco seria capaz de dizer sem se rir...

E de repente o ensaio parecia quase ser uma nota de rodapé daquele dia...

1 comentário:

espantaespiritos disse...

e não esquecer que ele também disse que a esposa do senhor era bonita.

há grandes bebedeiras...

valeu-nos isso :)