The Black Dahlia
Brian De Palma é um dos mais versáteis cineastas em actividade e que, apesar de não ser um inovador, é dos realizadores que mais percebe de cinema - sendo inclusivé conhecido por homenagear nas suas obras os autores de referência.
The Black Dahlia é o seu último filme e tinha uma enorme expectativa de o ver, apesar de saber que De Palma é capaz do melhor e do pior, o homem que fez Phantom of the Paradise, Scarface, Carlito's Way, Snake Eyes ou The Untouchables, foi tambem responsável por filmes menores como Mission to Mars ou Raising Cain (não sei os títulos em português de todos os filmes, por isso uso os originais).
O elenco é sólido, Scarlett Johansson tem o seu toque de sensualidade e força habituais (é uma actriz minha de eleição confesso), Hilary Swank volta a mostrar a sua incrivel versatilidade - quem a viu em Boys Dont Cry ou Million Dolar Baby e a vê aqui percebe o alcance desta senhora - e Josh Hartnett mostra que afinal pode ser mais que apenas um actor de comédias parvas para adolescentes.
Mas o cerne deste filme, para além de um argumento denso, um policial carregado de tensão, é a realização inspirada de De Palma. Feito como um film-noir dos anos quarenta, carregado de referências cinematográficas, mas com um nervo, uma crueza notáveis. A utilização da câmara, da profundidade de campo, de todo o espaço do ecrã largo, o conhecimento absoluto de cada factor na construção de uma cena, de um filme, revelam-se numa obra que, apesar de não ser de referência, merece um olhar muito, mas muito atento.
1 comentário:
hmmm... gosto do estilo film noir...
mais um para a lista eheh
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