Personagens III
A passo apressado pelas ruas da Baixa, quase choco com um homem de muletas, o peso dos anos marcado por toda a parte, cabelo ralo, olhos suplicantes, trazia na mão uma pomada e sentia-se desespero na voz trémula.
Cambaleante dirigiu-se a mim. Sem abrandar o passo desviei-me e continuei caminho, como faço de costume quando me abordam na rua a oferecer papeis, jornais, sorteios, inquéritos, droga, contrabando ou seja lá o que for.
Ele não queria de certeza oferecer, queria pedir. Ajuda.
Quando me sentei no Metro, quando parei, ficou-me aquela imagem na cabeça.
1 comentário:
gente quase transparente.
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