Laitakaupungin valot
Aki Kaurismäki é um cineasta que, por minha falha, não conhecia. Finlandês multi-premiado com longa carreira, tem agora o seu último trabalho em exibição em Portugal: Luzes no Crepúsculo.
Um homem solitário vê-se envolvido num crime quando é seduzido por uma mulher fatal.
Fraude e génio, já ouvi dizer de tudo sobre este autor, o que vi não me seduziu mas também não me deixou indiferente. Kaurismäki filma com uma distância tremenda dos seus personagens, com uma frieza, um afastamento que se reflecte numa estética pouco naturalista, forçada, como se pintasse frios quadros de uma paisagem árida, crua, feia até. Não existe grande amor, ódio ou remorso, apenas gestos quase mecânicos, sentimentos que afloram apenas a pele e escorrem demoradamente para o chão.
Não existe uma beleza interior, nem paisagens idílicas, mas uma certa angústia apática, como se aceitasse tudo o que acontece com pálida indiferença.
É pelo menos curioso, merece mais do que apenas 3 pessoas numa sala.
1 comentário:
fui ver no sábado e havia mais que 3 pessoas na sala... o que li sobre o filme e sobre o realizador seduziu-me, mas confesso que o filme em si não me cativou especialmente... enfim, acho que nesse dia n estava para aí virada :))
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