Sicko
O último filme de Michael Moore, Sicko, tem, uma vez mais, um alvo controverso: o sistema de saúde norte-americano, onde não existe um serviço nacional de saúde gratuito e igual para todos, e onde as companhias de seguros são rainhas e senhoras.
Que Moore não é imparcial não é novidade, demagógico até por vezes, mas as causas que defende são incriveis. Não se acredita o ponto em que a saúde está nos EUA, a selvajaria com que são tratadas as pessoas, e as vidas destruídas por um sistema que visa o lucro, ao invés do bem estar dos pacientes.
Este é um filme de americanos para americanos, a realidade retratada é de tal maneira extrema que nos escapa completamente como preocupação do dia a dia. A vida, a saúde, a doença, a morte, são algo que muda no nosso quotidiano, por uma volta do destino ou pela capacidade dos médicos. Imaginar que o dinheiro (ou a falta dele) nos leva à morte, que temos a cabeça no cadafalso a cada esquina, é impensável.
Moore aborda o tema com o humor e irreverência que lhe são conhecidos, surpreende a cada passo, e faz mais um documentário forte, capaz de nos deixar a dar graças por sermos europeus.
Uma experiência muito, muito interessante...
1 comentário:
"Só pode pagar um dedo. Qual é que quer manter?"
LOL
Esta é daquelas questões tramadas... Cá por mim, mantinha o dedo do meio, bem esticado... LOL
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