quarta-feira, março 05, 2008

Michael Clayton

Honestamente não percebo o que se passou com as nomeações da Academia deste ano. Michael Clayton com 7 nomeações é algo que me ultrapassa. O Oscar dado a Tilda Swinton como Melhor Actriz Secundária roça o absurdo (o papel não é mau, mas o melhor do ano? poupem-me...)
Um advogado de uma grande firma, aquele que tem o papel ingrato de fazer o trabalho sujo, vê-se a braços com um problema moral, quando fica a saber que a sua companhia não é, digamos, própriamente honesta.
Os pormenores são dispensáveis, descobrem-se com o filme.
Michael Clayton é um filme sólido, um thriller inteligente, bem construído, com representações fortes, é daqueles filmes perfeitos para sábado à noite, coerente, mantém-nos entertidos e interessados, o tempo passa veloz, vale cada minuto. E esquece-se em dois dias. Não tem um único elemento que o diferencie dos milhares de thrillers políticos ou de espionagem indústrial que foram feitos. Desde os anos 70 que há pelo menos um destes por ano, Sydney Pollack, actor no filme, tem no curriculo como realizador resmas de filmes destes, sendo o mais recente O Intérprete com Nicole Kidman.
Porquê então destacar Michael Clayton? George Clooney está nas boas graças do pessoal em Hollywood, e metade da cidade está ligada ao filme de alguma forma, mas não consigo encontrar razão mais forte.
Seja como fôr, como thriller funciona. Para quem gostar do género será uma noite bem passada.

Sem comentários: