sexta-feira, abril 27, 2007

Silent Hill

Há muito tempo que não ia ver um filme de terror. Os motivos são vários, seja pela falta de companhia quando o programa implica coisas do género, seja por falta de tempo, seja apenas pelo facto de não ter aparecido nos últimos tempos nenhum filme deste tipo que me chamasse a atenção. Como fã do género, já me fazia alguma falta.

Desta vez fui ver Silent Hill (O Mistério do Vale), baseado numa série de jogos para a Playstation e Playstation2 com o mesmo nome. Não consegui de perceber o porquê do título em português já que a vila de Silent Hill não se encontra num vale...
Seja...
Uma mãe, ao ver a filha adoptiva a ter ataques de sonambulismo e nesse estado de transe gritar por Silent Hill, resolve, ao ver que os tratamentos não funcionam, levá-la a essa terra abandonada em busca de uma solução. O local, obviamente, esconde mais do que ela esperava encontrar.
Se o filme tem um mérito é o de ser das poucas adaptações de videojogos que se mantém fiel à sua origem, não só em termos de enredo e personagens, mas principalmente em termos de ambiente, de clima geral. E aqui funciona. O ar tenebroso, cinzento, a construção lenta, os sons distantes, a música, tudo se conjuga para dar uma sensação de tensão constante, um crescendo quebrado apenas pelo aparecimento das figuras apocalípticas que habitam aquele limbo. Silent Hill não se baseia em gore, nem em sustos repentinos, mas sim num ambiente carregado, num desenvolvimento sombrio e pausado.
O mix de efeitos de computador com cenários reais é muito bem conseguido, e visualmente tem momentos fortes, com especial destaque para o desenvolvimento das criaturas, que fogem um pouco ao que normalmente se encontra neste tipo de filme. Aliás, toda a história foge um pouco aos trâmites correntes, sendo filha directa da imaginação dos escritores da Konami, que desenvolveu o jogo.

Soube-me bem voltar a este tipo de história, que sem dúvida recomendo a quem, como eu, é fã.

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