Control
Anton Corbijn, fotógrafo, é um dos responsáveis por algumas das imagens mais iconográficas de diversas bandas, entre as quais se encontram os Joy Division, banda de culto da era pós-punk inglesa, que terminou quase antes de começar, com o suicídio do seu carismático vocalista Ian Curtis.
Mais de duas décadas depois, e após se ter tornado realizador de videoclips, Corbijn realiza a sua primeira longa metragem, Control, um tributo a Ian Curtis, baseado no livro da sua mulher, Debbie Curtis.
A preto-e-branco, como não poderia deixar de ser para quem conhece o trabalho do Corbijn com a banda no final da década de 70, Control começa desde logo por impressionar com o cuidado estético na construção dos planos, um olhar que se nota de fotógrafo, cuidado, atento ao pormenor, se bem que a espaços esse lado se possa sobrepor ou ofuscar aquilo que devia servir, a história e o filme.
O elenco é perfeito, Samantha Morton tem o nivel a que já nos habituou e o retrato que Sam Riley faz de Ian Curtis é uma cópia idêntica - bem como o resto da banda por sinal.
Feito com a adoração de quem esteve próximo, quer no entanto mostrar o lado mais humano, e falhado, de um ser que foi, por vezes, elevado a niveis míticos. É um bom filme, competente, interessante, gerindo bem os niveis emocionais e a relação com o público. No entanto, devo confessar, entrei com expectativas demasiado altas, por causa de tudo o que li e tudo o que me tinham dito. Sendo um esforço sólido, não é um filme extraordinário.
É, contudo, um dos filmes fortes em cartaz.
3 comentários:
gostei muito do filme, sinceramente. obviamente que se nota à légua que foi feito por um fotógrafo, mesmo para os menos informados, devido aos planos fixos e sempre "artísticos".
no entanto tem uma densidade muito grande e actores fabulosos a quem se nota que foi dada muita liberdade e ao mesmo tempo se aplicaram a fundo em captar a energia e as personalidades destas pessoas.
percebo o que dizes quanto às expectativas em alta. e acho que o único defeito do filme é ser um pouco longo demais.
mas é, de facto, muito bom :)
mau primcípio, esse, de ir já com trabalho de casa feito... devias ir com a mente em branco, sem opiniões alheias a toldar-te a vista... mas isso sou eu, que apesar de gostar muito de cinema, não percebo nada, lol...
eu cá achei o filme muito bom. talvez pelo estado de alma com que o fui ver... chorei como há muito não.
Eu ainda não tenho opinião, mas está na minha lista!... talvez quando sair em DVD.
Boa semana.
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