Blood Diamond
Chega a época dos Óscares e o número de estreias de filmes que merecem a pena triplica. Entre a semana passada e esta semana estrearam meia dúzia de longas-metragens e a corrida contra o tempo começou. Ontem foi a vez de Blood Diamond, último filme de Edward Zwick (Glory, The Last Samurai), nomeado para 5 Óscares, dos quais se destacam as nomeações para Leonardo DiCaprio e Djimon Hounsou, os dois actores à volta dos quais todo o filme revolve.
Em 1999 na Sierra Leoa, as guerrilhas revolucionárias espalham o terror, numa guerra contra o governo, patrocinadas pelos diamantes que conseguem através de trabalhoi escravo em minas ilegais. DiCaprio é Danny Archer, um traficante de diamantes que perdeu o seu último carregamento, Djimon Hounsou é um homem que perdeu a sua família e foi forçado a trabalhar numa mina de diamantes. Um diamante de cem quilates que este encontrou é o motivo da cobiça de muita gente, entre os quais de DiCaprio que, para o obter, lhe promete ajudar a reencontrar a família.
Blood Diamond é um filme interessante, aborda temáticas conhecidas mas quase sempre ignoradas, dos dramas violentos que ocorrem em África. Mas é antes de mais uma história de personagens, uma história humana de procura, perda e até de redenção. Se Zwick não é nenhum génio, é pelo menos um realizador capaz de contar uma história, sabendo guiá-la e perceber os seus altos e baixos, conduzindo-nos através de uma viagem com tom épico, momentos ternos, tensos e com o seu toque de acção. A fotografia é lindissima e a cargo do nosso Eduardo Serra.
Não sendo inovador é no entanto merecedor de uma visita muito atenta.
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