Está mal colado, desalinhado, com um ar frágil de quem se pode desfazer nas nossas mãos, como um ramo de flores secas que se deve tratar com cuidado. É pequeno, dez centimetros por dez, mas estas coisas, tal como as pessoas, não se medem aos palmos. Chegou atrasado, parto dificil, materia instável. Demorou a fazer e denota o carinho de quem se preocupa e (pasme-se) verdadeiramente me conhece. Aquele (quero acreditar) sou eu. E se não for é pelo menos a pessoa que sonhei ser. Anda agora comigo, tenho-o no bolso e não o quero largar, mas sei que lhe tenho que arranjar um lugar seguro, um pequeno canto onde descanse, correndo o risco de o destruir de vez.
Tenho cem palavras, são minhas, foram-me dadas por quem mas roubou a todas. Preciso de mais, cem não me chegam, não me consigo conter!
Tenho cem palavras e quando me vi naquele pequeno ponto de ternura só vinha uma à memória: Obrigado...
terça-feira, novembro 15, 2005
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