quarta-feira, dezembro 13, 2006

A Casa de Lenha


Pelo centenário do nascimento de Fernando Lopes Graça está em cena no Teatro Nacional D. Maria II a peça A Casa de Lenha, uma co-produção com a Comuna. Encenado por João Mota, conta a vida do compositor desde a sua infância, criações, composições, lutas políticas, exilio, revolução e morte.
A primeira coisa que salta à vista do espectador é o incrivel cenário, uma enorme parede escavada num cinzento pardo, que empresta uma complexidade e uma grandeza ao texto. O tom cinza é aliás transversal a esta produção, das roupas aos cabelos, excluindo Carlos Paulo e a visualmente poderosa cena final.
Apesar do seu vasto elenco, a peça acenta quase na sua totalidade no próprio Carlos Paulo, que compõe um Lopes Graça soberbo mantendo-se em cena durante toda a duração do espectáculo, num exercício de resistência física e performativa notável. A vida do autor é contada na primeira pessoa, com a música a pontuar toda a acção. De realçar o trabalho do pianista Nuno Barroso e do coro que se tornam parte viva e fundamental da peça, sobre a direcção musical de António Sousa e a batuta de Jorge Alves.
É uma grande produção que merece uma visita atenta no D.Maria.


A Casa de Lenha
Teatro Nacional D.Maria II / Comuna- Teatro de Pesquisa
Interpretação: Carlos Paulo, João Grosso, Sara Belo, Jorge Andrade, Tânia Alves, António Banha, João Tempera, Manuel Coelho, José Neves, Hugo Franco, Vitor Ribeiro, Augusto Portela, Júlio Martin, Filipe Petronilho, Luis Gaspar, Rui Quintas, Paula Mora, Lúcia Maria, João Ricardo, Maria Amélia Matta, Gonçalo Ruivo, Samuel Alves, Marco Paiva, Maria Ana Filipe, Judite Dias, Rita Seguro, Diogo Branco.
Encenação: João Mota
Texto: António Torrado
De 16 de Novembro a 30 de Dezembro de 2006
Terça a Sábado 21h30, Domingo 16h
Preço: Plateia - 15 €, 1º Balcão - 12,5 €, 2º Balcão - 7,5€ (existem descontos, perguntar na bilheteira)

Teatro Nacional D. Maria II
Praça D. Pedro IV (Rossio)
1100-201 Lisboa
Bilheteira e Informações:
(351) 213 250 835

1 comentário:

Anónimo disse...

leonardo sadam