quinta-feira, dezembro 21, 2006

Improviso


Depois de uma aula de segunda feira completamente virada para o lado físico, onde acabámos a música Deliciae Mae, quarta-feira estava marcada para ser memorável. Última aula deste ano, era onde iriamos improvisar sobre A Ilha dos Mortos de Strindberg.

Relaxamento inicial muito profundo, trabalho físico de memória sensorial sobre um espaço que nos fizesse paralelo com a Ilha dos Mortos e depois utilização de um objecto, pessoa, situação pessoal para ter a sensação geral e específica da cena que iamos representar. Foi mais de meia hora só de preparação para o improviso, e que se revelou fundamental para o mesmo - acreditem, quando alguns actores pedem para não serem incomodados antes de entrar em cena e precisam de alguns minutos de silêncio não é por serem prima-donas, é por ser um factor fundamental do seu trabalho. A aula inteira foi assistir os improvisos de cada um, duas horas de representação pura, preparação, interiorização, e interacção.

É incrivel o nível de esquecimento que se consegue atingir, fechar completamente que estamos numa sala, a rebolar pelo chão, com gente a assistir, e deixar que as emoções fluam, intensas, imensas, a criar naquele momento actores com uma performance genuina e verdadeira. Isso sente-se, isso sentiu-se ontem, e foi memorável.

1 comentário:

polegar disse...

há aulas assim, de encher o peito.
se ainda cá voltares hoje, espero que voltes, vai ver a minha sugestão no polegadas. era perfeito para ti. beijinho e um grande natal :)