segunda-feira, dezembro 19, 2005

Kong!


Estreou na passada quinta feira o tão aguardado re-remake King Kong de Peter Jackson. Com um custo de produção de 207 milhões de dólares, um valor desmesurado mesmo pensando ao mais alto nivel da indústria (O Senhor dos Aneis - A Irmandadade do Anel custou 93 milhões, Guerra das Estrelas Episódio III 113 milhões e o último Harry Potter custou 150 milhões).
O filme é desiquilibrado, toda a primeira hora passada em Nova Iorque nos anos 30 é muito boa, visualmente poderosa, os pormenores são fantásticos e a construção dramática coesa. O problema aparece quando Kong rapta a sua bela (Naomi Watts) e desaparece na selva. Assiste-se a uma orgia de efeitos especiais e sequências de acção (dinossauros, insectos gigantes e outros seres que tais), desfilam ininterruptamente justificando as três horas de filme e o custo. No entanto dramáticamente são redundantes e alongam o filme de uma forma desnecessária.
Seja como for, a abordagem à relação entre Kong e a sua amada é inovadora, o animal tem pela primeira vez verdadeiras emoções humanas, expressões, sentimentos. Peter Jackson tinha um excelente filme de duas horas e transformou-o num filme razoável de três.
Merece, mesmo assim, um visionamento numa sala que potencie o espectáculo...

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