A segunda aula de casting acabou por ser a primeira depois do desperdício de segunda-feira. Aquecimento inicial sem o relaxamento a que estamos habituados (isso viria mais tarde), mas professores diferentes têm, como é óbvio, técnicas diferentes. Em seguida massagem, juntámo-nos a pares e gastámos o nosso tempo a explorar o corpo do outro. Seja em que situação for, massagens é sempre algo que aprovo, gosto de as fazer e ainda mais de as receber, o que, para alem do propósito de relaxamento e desinibição em relação ao corpo alheio, me dá sempre imenso gozo. Em seguida trabalho sobre o texto escolhido. A Sofia queria dar dicas individuais, mas cometeu quanto a mim dois erros, primeiro foi esquecer-se que somos para cima de 20 alunos o que torna ineficaz querer ler os textos de todos e falar com todos, se gastar 5 minutos com cada um está uma hora e quarenta só a ler e dar dicas. O segundo foi querer dar imagens suas, se o trabalho do Método é utilizar experiências pessoais, as experiências alheias são obviamente inutilizáveis. Não tanto que falasse da sua vida, mas do seu universo. Dizer a um colega para pensar num quadro que lhe diga muito é pressupor que ele tem na pintura um universo próximo, quando pode não ser verdade (e não era), para ele pode funcionar o cinema, a música, o teatro ou outra coisa qualquer. Quanto a mim já tinha um universo sensorial escolhido para este trabalho, um local e uma pessoa por onde explorar. A questão é que escolhi um texto que fala de um tema que me é próximo. A utilização da pessoa que escolhi como referência para este trabalho teve consequências inesperadas, tendo a Sofia que intervir duas vezes para que eu conseguisse acalmar e regressar a um estado de menor tensão. O primeiro passo que é o da libertação das emoções começa a ser dado. É preciso agora controlá-las.
Próxima segunda outro capítulo...
Próxima segunda outro capítulo...
1 comentário:
bem intensa essa aprendizagem, o que importa é que valha a pena!
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