sábado, agosto 20, 2005

Crash (não é o filme)


Hoje voltei a dormir pouco. Não foi apenas a hora tardia a que me deitei, mas principalmente porque acordei muito cedo - a minha mãe teve um pequeno acidente de automóvel. Nada de grave, felizmente, um pouco de chapa (pouca) e uma explicação do sucedido (pela parte do outro condutor) que desafiava as leis da Fisica Newtoniana! Sinceramente sou de Económicas de formação académica e (se quiserem) talvez letras de formação familiar, portanto acredito que a Fisica Quântica consiga explicar isto da forma que o homem expõe... mas não me parece...
Já passei por dois ou três acidentes de viação, tive culpa de um, e descobri que estas pequenas situações são capazes de alterar completamente uma pessoa (para além dos problemas financeiros e moras burocráticas). Perante a tensão criada conheço quem tenho congelado, empanicado, ficado agressivo, nervoso ou histérico. Quando na verdade nada de realmente grave se passou. Já me gritaram,insultaram, quase agrediram... E as pessoas mentem! Mas mentem com os dentes todos que têm, por vezes com situações indefensáveis e argumentos inacreditáveis.
Com situações destas, a chatice do trânsito, o que pago pelo parque, a manutenção do bicho, revisões, imprevistos, inspecções e o preço da gasolina que não pára de subir, estou morto por largar o carro, mudar de casa e poder mexer-me de metro para onde quiser... (Safa!)

2 comentários:

Pastilhas Júnior disse...

É curiosa essa maneira de ver as coisas. Também eu me sinto impelido a abandonar, algo que não poderei fazer, por motivos profissionais.
Mas tens toda a razão.
E o mais engraçado de tudo, é que o ser humano andou 5 mil anos sem automóvel. A ânsia de o levar mais rápido e mais longe é que o trouxe até aqui.
Mas isto é a parte cósmica da minha mente a falar.

Anónimo disse...

Grande susto que deve ter sido para a tua mãe naquele carrinho!
Nada como andar de metro para todo o lado! :P Ainda bem que sei o que isso é mas em breve também o saberás!
Engraçado, também passei por uns quantos acidentes mas tive reacções diferentes! Já fiquei branca e apavorada (primeiro acidente a sério que tive), mas também tive sangue frio (consegui sacar a matrícula)! Nestes últimos tempos ainda não tive nenhum e ainda bem! Andar dependente de uma coisa com rodas, que se espeta e nos assusta, e nos suga é um conceito terrível! Por mim a cidade de Lisboa estaria fechada ao trânsito e existiriam apenas transportes públicos! Nada como passear pela cidade num eléctrico com a janela aberta e encher os pulmões com este ar encantado que a nossa cidade nos presenteia...