Estranheza
Foi o que senti na última aula do workshop de teatro, pelos mais variados motivos. Em primeiro lugar a reunião do dia anterior não correu bem. Nada estava estruturado e o Thiago achava, suponho que como que por magia, que as coisas apareceriam construidas do vazio, e se criavam ligações com quem nunca se tinha antes visto. As reticências colocadas não o deixaram confortável, e as dúvidas que se levantaram deixaram um ambiente um pouco pesado (mas essa é outra história).
Em segundo lugar eramos apenas dois. Não sei quantos sobramos, três de certeza, mas até desses três apenas dois pudemos comparecer à aula.
A última questão prende-se com as partituras que desenvolvemos para ilustrar um quadro de um bêbado que chega a casa e confronta a mulher que quer sair. Não me pareceram fluidas, os gestos sairam algo forçados, e com uma componente coreográfica que não creio termos a capacidade técnica para desenvolver.
Foi uma aula estranha, daí ter levado quase uma semana a escrever sobre ela... Não sei que rumo irá agora tomar... Amanhã outra sessão se avizinha.
3 comentários:
se fosse a ti não me preocupava muito, deixa as coisas fluirem, hão-de tomar o seu rumo.
o que é importante é q retires desta aprendizagem aquilo que prentendes, foca-te no teu objectivo.
Estou como a Pinky: não deves pensar muito no assunto. Quando menos esperares, tudo ficará no devido lugar... é isso que eu sinto, por vezes, nas minhas aulas onde somos cada vez menos e que também estão quase no fim.
Boa noite e fica bem.
Sim MPR, não te preocupes tanto... essas dúvidas acompanham até os profissionais, e um quadro e/ou o aprofundamento da personagem é um processo difícil, e algo demorado.
Aqui no Montemuro as coisas funcionam assim , após a leitura do texto (quando existe) faz-se um a reunião com toda a equipa para caracterizar cada uma das personagens, depois o actor tem cerca de dez a dois dias para encarnar e só depois começam os ensaios que duram sensivelmente 15 dias úteis, com oito horas de trabalho diário. É muita hora... Essa estranheza é natural num processo semi-começado que acaba antes de começar, não desistas, se ficou algo por trabalhar mete-te já noutro workshop a seguir e focaliza a tua formação para as lacunas que sentes em ti, e ignora as lacunas dos cursos... Boa sorte*
Enviar um comentário