quarta-feira, setembro 21, 2005

Impedimentos ao amor... conclusão.


Li atentamente as respostas ao post anterior e eram exactamente aquilo que eu esperava. Conheço cada pessoa que escreveu (excepto o anónimo) e escrevem de acordo com a sua história pessoal, nomeadamente a história pessoal recente. Não se consegue ter uma opinião sobre o amor e as relações amorosas, sem se projectar para aquilo que se está a viver no momento. Até algumas pessoas que não comentaram, ou os comentários de "Isto é muito complicado!" têm directamente a ver com a vida pessoal de cada um. Os impedimentos e reticências citados são os impedimentos que estão a sentir nas suas próprias relações. "Uns acabam em casamento, outros acabam com ódio um do outro" "O amor deve ser livre, sem barreiras e transversal " "fixações por situações ainda mal resolvidas; filhos: divórcios complicados;" "o lume nunca pode ficar muito frio, suporta muito melhor grandes ebulições do que o frio" " Ficas apanhado por uma mulher de 17 anos ou por uma de 40 divorciada com filhos" "isto é complexo demais", seja o que for que se diga a ligação é imediata.
Como tal deixo a minha opinião, baseado como todos nos meus casos e dúvidas. Não existem impedimentos ao amor! Existem barreiras e obstáculos, mas acima de tudo existe a vontade ou não de os ultrapassar. A maioria dos problemas que existem, partem única e exclusivamente do excesso de análise, do medo, ou de complexos e preconceitos. São factores internos que se resolvem pela própria pessoa, mesmo que à primeira vista pareçam factores externos. Idade, dinheiro, situação familiar, projectos de vida ou "hábitos de solteiro" são situações que dependem apenas da vontade individual, mesmo que não pareça à primeira vista.
Amor precisa de tempo, mesmo com uma enorme paixão inicial, precisa de cuidado e investimento para poder existir. À excepção de algumas raríssimas situações extremas, o amor depende da vontade de amar, depende de nós próprios, dos riscos que estamos dispostos a correr e dos medos que estamos dispostos a enfrentar.

6 comentários:

Anónimo disse...

O meu comentário, não enviado, ia apenas comprovar as tuas estatísticas...
Mas penso um bocadinho como tu acabaste de dizer: é tudo uma questão de vontade de amar.

Mary Mary disse...

Já dizia uma frase feita:
Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o essencial é que se saiba amar.
Rest my case... Hoje não dá para mais...

Pastilhas Júnior disse...

Amor, meu caro? O pessoal da nossa idade não atravessa nenhuma crise de amor, nem coisa que se pareça. Também não acredito que seja apenas uma questão de amar. Nós, aqueles caracterizados por não se espelharem em ninguém, designados por solteiros, não estamos à procura do amor, nada disso. Isso é como procurar a resposta universal; existirá uma entidade suprema? É um credo, uma crença. Podemos dizer que a sociedade moderna aceita os diversos tipos de amor exactamente por esse motivo; seremos capazes de afirmar que pertencemos a uma religião do amor? À espera de um milagre?
Bem, não me parece que assim seja. É tudo uma questão de globalização. O amor sempre foi algo unitário, definido, na sua forma mais simples, como um sentimento afectivo, positivo, por outrém. Mas dada a possibilidade e, aqui podemos usar a definição, vontade de ter múltiplos amores e não bloqueio de diversos caminhos, tornamo-nos um pouco solitários nesta globalização. Julgo ser isto o que visualizo em quem me rodeia. Num aspecto, acima dito pela Mary, concordo. Cada qual ama da sua maneira e também é amado duma maneira particular.
Sobre este tema muito se pode dizer, muitos podem relatar suas experiências. Mas para defini-lo, temos que vivê-lo no presente. Perguntem a quem ama se não é assim.

P.S.:
Miguel, desculpa a não participação nestes últimos tempos. Como te comuniquei, noutros meios, tenho andado bastante ocupado, mas, "inventando" tempo, continuarei atento.
Abraço

MPR disse...

"O pessoal da nossa idade não atravessa nenhuma crise de amor, nem coisa que se pareça." "...não estamos à procura do amor, nada disso"
Pastilhas só reforças aquilo que disse. Cada um analisa e generaliza para os outros de acordo com a sua própria situação actual... (estou a ver que estás numa fase de introspecção filosófica, já o teu blog assim o indica...)

Pastilhas Júnior disse...

Não é bem uma fase de introspecção filosófica. Chamar-lhe-ia um re-acordar da mente. Quanto mais se lê e ouve, mais se pensa. Ultimamente tenho lido e ouvido bastante, o que me proporciona a vontade de dissertar sobre vários temas.
De facto, generalizei, mas não foi de acordo com a minha situação actual, como reforço umas palavras à frente. Parece-me apenas que os jovens-adultos estão a atravessar uma crise de identidade amorosa, só isso. Não se encontra uma idem-potência com algo que poderia estar a viver.

Primavera disse...

NÃO!!!!Estava a falar da mary, estou sempre a encontra-la, acho engracado, só isso...heheheheh