quinta-feira, março 09, 2006

Conversa ainda sobre a relatividade do tempo


A questão é que as pessoas muitas vezes se precipitam para relações e compromissos cedo demais, sem terem consciência do que estão a fazer. Namoras há meia dúzia de meses e pensas que conheces a outra pessoa, que tudo vai correr bem, mas objectivamente seis meses não é nada, não conheces a fundo o teu parceiro.
Objectivamente? E objectivamente quanto tempo é suficiente para que se possa afirmar que se conhece o outro?
Uma vida...
Mas então que se conhece o bastante para não se considerar uma precipitação?
Um ano.
E objectivamente porquê um ano? Porque não dois?
Pode ser, mais de um ano, pelo menos um ano...
E porque não seis meses, ou cinco, ou oito?
Porque não, seis meses é pouco!
Objectivamente falando?
Sim.
Com base em quê?
É assim, um ano é que é o mínimo.
Objectivamente?
Objectivamente!
Isso é a tua opinião, não é um facto; ainda não me justificaste porquê um ano.
Porque assim passas por todas as estações. (risos)
Então, objectivamente, é uma questão meteoreológica! (risos)
A sério, não acreditas em mim?
Com base em quê?
Nas pessoas que conheço!
E se eu te disser que das pessoas que conheço e que se casaram, a taxa de divórcio é maior naquelas que tiveram namoros grandes do que naquelas que tiveram namoros curtos?
É porque tu conheces pessoas estranhas! (risos)
E se eu te disser que não há norma, não há maximo e minimo, mas sim pessoas diferentes com relações diferentes e que o tempo necessário varia de relação para relação, podem ser seis meses, um ano, dois, uma década?
Mas em média... é um ano! (risos)

6 comentários:

Abelhinha disse...

Duas pessoas conhecem-se há 6 meses e sabem tudo que em 6 meses de conversas e confidências diárias permite saber. Uma inspira a outra expira.

Duas pessoas conhecem-se há 14 anos e não sabem o que comprar para a outra no aniversário.

Quem se conhece melhor?

Astor disse...

O_o

eu conheço-te?

:D

pinky disse...

de facto parece-me que tudo é relativo, depende das pessoas, da relação que têem, do tempo que passam juntos, tudo é diferente de pessoa para pessoa, podes ficar a conhecer bem uma pessoa num dia como podes levar anos e anos e nunca conseguires conhecer bem, depende de muita coisa. segue o teu instinto, o nosso instinto costuma estar certo, deviamos ouvi-lo mais vezes.
bom fim de semana ..have fun

Anónimo disse...

Tem de se passar por todas as estações do ano....

Ana Lourenço disse...

Tudo é tão relativo. Porque queremos sempre colocar normas e regras em tudo? Um ano pode corresponder a 12 encontros...já um mês pode corresponder a 30 dias de vivência conjunta. A que conclusão chegamos? ALF.

Anónimo disse...

Falamos de quê?
Casamento? Relacionamento? Paixão? Amor?
Conhecimento e TEMPO!!!!
O que se aprende aqui!
E eu a pensar que as emoções e os sentimentos tanto podem ter de fugaz e momentâneo, como de eterno e intemporal.
Um olhar, um sorriso, um beijo, uma carícia, um orgasmo, podem esgotar-se num momento e ficarem eternamente guardados na memória, e no coração.
Chegamos algum dia a conhecer o outro? Que Outro? Há um outro sempre igual? Ou ele também vai mudando com o tempo?
Conhecemo-lo hoje e amanhã não. E se hoje o não conhecemos podemos vir a (re)conhecê-lo amanhã. E ele não deixa de ser sempre o mesmo outro.
a.s.o.