quarta-feira, março 01, 2006

Pessoal

Terça feira de carnaval. Aula de workshop de teatro, mais cedo por causa do aniversário do meu pai. 17h30 iniciava a aula, massagem aos pés, um momento de pausa, de tratar de nós, de cuidar de uma parte do corpo muitas vezes esquecida, o motivo? Antes da aula começar falava-se de meias. Assim o Thiago fazia-nos perceber que nem tudo está pré-programado, que se deve estar atento e reagir conforme o mundo se nos apresenta.
Há duas aulas falou-se de amor, relações humanas, casamento, ontem tivemos que levar um objecto que representasse para nós aquilo que foi dito nessa aula, mostrá-lo, falar sobre ele e reflectir de uma forma diferente (dar-lhe um nome, gostos, sexo, idade, como se de uma pessoa se tratasse). Foi dificil a exposição pessoal desta forma, foi dificil mostrar algo de intimo, único, de verdadeiramente importante. Rodou toda a gente e os sentimentos eram diversos, do amor, à tristeza, à perda, saudade ou ternura. Foi inspirador ver as pessoas abrirem-se e exporem-se de uma forma tão autêntica, tão genuina. A seguir tivemos que representar livremente o objecto em causa, no meu caso não representei o objecto em si, mas o sentimento por detrás do mesmo. Não foi fácil, nada fácil, abrir esta caixa de Pandora e deixar fluir sem censuras algo profundamente emocional. Demorei a aula quase toda para recuperar, para voltar à normalidade. Não estava preparado, não estava à espera desta reacção, foi dificil, foi muito dificil. O resto do tempo passou entre conversa e discussão sobre sentimentos, sobre a veracidade dos mesmos, sobre auto-conhecimento, sobre descoberta, quebrar barreiras e tabus na busca da interioridade, do bem-estar, do prazer. Estamos quase no fim desta fase. Mais duas aulas e damos outro passo em frente. O futuro promete...

1 comentário:

pinky disse...

horas intensas essas! tb são importantes!