Brokeback Mountain
Brokeback Mountain não é o melhor filme do ano apesar de provavelmente ir ganhar o Oscar e ser dono de um parafernália de prémios e distinções. Com isto em mente avancemos.
Num tempo e num lugar onde a relação entre homens não mudava apenas a vida, podia custar a vida, dois cowboys isolados num verão de 63 numa montanha da América profunda, descobrem-se um ao outro e a um amor daqueles que aparecem apenas uma vez.
Ang Lee, realizador camaleão de grandes filmes como Banquete de Casamento, O Tigre e o Dragão ou Ice Storm, volta à ribalta após o pequeno desaire de Hulk, com uma temática controversa, num filme que conta com a colaboração de um dos maiores actores da nova geração Jake Gyllenhaal e com Heath Ledger que tem aqui o mais contido e melhor conseguido papel da sua carreira. Uma película de uma beleza incomum, que toca uma nota sentimental de forma vibrante, com um tom de doce desilusão, de sentimentos amarrados e vidas falsas. Apesar de se demorar um pouco na descrição do dia-a-dia de cada um, consegue carregar-nos suavemente pela dor da separação de um amor sempre adiado, sem nunca se concretizar na sua plenitude.
A ver...
2 comentários:
de facto é um filme bonito, mas nem de perto o filme bombástico que estava á espera.
mas é um filme a vêr sim sr!
É verdade que era o segredo mais mal guardado da temporada, mas talvez por isso mesmo eu esperasse muito, muito mais... Não é que não tenha gostado, mas para além da beleza dos cenários, das boas interpretações e da consistência do argumento não vi mais do que um filme... bom. Mais: fiquei com a sensação que para quem não tem complexos com a sua sexualidade e a dos outros o filme é mesmo isso - normal. Porque se um deles fosse do sexo feminino, o filme seria MESMO normal... Agora, para os ultraconservadores fica bem acharem que este é um dos mais belos de sempre. Compreendo.
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