Caché - Nada a Esconder
É pena... ontem à noite fui ao King para ver se conseguia apanhar o último Haneke, vencedor de vários prémios em Cannes entre os quais melhor realizador, Caché. E o filme não desilude, muito pelo contrário, é subtil na construção do medo de quem misteriosamente começa a receber cassetes de video com gravações de sua própria casa. Este evento, numa família aparentemente estável, moderna, intelectual, vai começar a ter resultados inesperados, não só na natural tensão que este tipo de assédio causa, nem apenas no mistério que gira em torno das gravações e do motivo pelo qual são enviadas, mas principalmente ao nível das relações familiares e humanas. Haneke é muito bom, gere o suspense e o drama pessoal de um forma notável, Auteuil e Binoche são de uma força e contenção impecáveis mas... mas é pena ver um realizador que constroi um edificio e depois não o sabe terminar, que faz um filme, tem uma situação a desenvolve para depois claudicar no último instante... é pena...
3 comentários:
Eu continuo a achar a falta da banda sonora inquietante...
Mais precisamente a falta de música, que banda sonora tinha e era muito eficaz, muito bem pensada aliás...
Pois seja: A FALTA DE MÚSICA!!!!!
(preciosismos de "expert" cinéfilo)
Enviar um comentário